Desde os tempos das Olimpíadas da Grécia antiga, a proteína já tinha
um lugar especial na dieta dos atletas. Atualmente, muito se fala sobre
proteína e seus efeitos no corpo humano. Pelo fato de ser extremamente
abundante, a função dessa macromolécula é diretamente proporcional,
sendo que desempenha funções fundamentais nas células, principalmente
nas células musculares. Os aminoácidos formam a estrutura básica das
proteínas e contêm carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. O
nitrogênio é que distingue os aminoácidos da composição dos
carboidratos, das gorduras e do álcool, por exemplo.
Existe um total de 20 aminoácidos que são usados pelo corpo humano
para formar diferentes proteínas. Desses 20 aminoácidos necessários em
adultos saudáveis, nove são considerados indispensáveis (ou essenciais),
porque o corpo não pode produzi-los. Os 11 restantes são denominados
dispensáveis (ou não essenciais), pois são produzidos pelo fígado. Seis
desses 11 aminoácidos são chamados também de condicionalmente
indispensáveis, porque durante períodos de estresse, doenças, treinos
aeróbicos longos ou fisiologicamente intensos, o corpo não consegue
produzi-los em suficiente quantidade, aquém do necessário.
Um ponto que gera controvérsia é sobre a ingestão diária recomendada
(RDA em inglês) de proteína. Se analisarmos a RDA americana para
adultos, podemos ver que fica em 0.8g/kg de peso corporal/dia. Por
exemplo, um homem adulto sedentário de 80kg necessita de aproximadamente
64g de proteína por dia. Esse mesmo adulto, caso seja um atleta de
resistência, precisa de 1.2-1.4g/kg; necessitando então, entre 96-112g
de proteína por dia. Conforme a tabela abaixo, podemos ver que atletas
podem e devem ingerir mais proteína, e os atletas de força aumentam
ainda mais essas doses por conta das suas necessidades.
Com muita frequência, também é relatado erroneamente na mídia que uma
ingestão crônica com altas doses de proteína é prejudicial a saúde e
pode resultar em uma tensão metabólica desnecessária aos rins, levando à
insuficiência renal. Outra preocupação frequentemente citada é que
dietas ricas em proteínas aumentam a excreção de cálcio, aumentando,
assim, o risco de osteoporose. Ambas as preocupações são infundadas, uma
vez que não há evidências substanciais de que as ingestões proteicas
nas doses sugeridas acima terão efeitos adversos em indivíduos saudáveis
que se exercitam segundo a Sociedade Internacional de Nutrição
Esportiva.
Reparem que atletas vegetarianos devem ingerir uma dose maior de
proteína por dia. Isso ocorre devido ao fato de proteínas vegetais não
apresentarem todos os aminoácidos essenciais e, por isso, são
denominadas proteínas incompletas. Já as proteínas de origem animal são
chamadas de completas, pois apresentam em grandes quantidades os
aminoácidos essenciais para o nosso organismo e o dia a dia.
Outro fator fundamental é a qualidade da proteína, que é determinada
com base na quantidade e tipos de aminoácido e sua capacidade de ser
absorvido pelo corpo humano. O novo método usado internacionalmente para
calcular a qualidade da proteína é o da: “Digestibilidade da Proteína
Corrigida pela Pontuação do Aminoácido” (PDCAAS em inglês). Esse método
supera o usado antigamente do valor biológico da proteína. Em uma escala
de 0-1, onde 1 representa o score mais elevado no método PDCAAS e temos
informação sobre a absorção da proteína, utilização da mesma, bem como o
conteúdo de aminoácidos.
Na tabela acima, fica claro que a caseína, albumina e whey protein
são melhores fontes de proteína do que nozes, feijão, legumes e trigo.
Como este tema é de muito interesse por parte de atletas e temos muitos
detalhes para explicar, no próximo artigo, falaremos mais sobre proteína
e fatores como os listados abaixo.
- qual o melhor horário para ingerir proteína;
- o papel do BCAA;
- catabolismo de proteínas, etc.
Portanto, é importante frisar que o acompanhamento nutricional e
dietas devem ser prescritos somente por profissionais da área da
nutrição e nosso intuito nesse artigo foi somente de transmitir
informações sobre pesquisas aos leitores da TATAME. Sendo assim, antes
de praticar qualquer tipo de treinamento, consulte um profissional de
educação física e um nutricionista para que a prática e a alimentação
sejam individualizados.
Artigo escrito por: Dr. Fabio Vieira e Stéfane Dias.
Para maiores informações contatar: fabio.vieira@hotmail.com ou mestraoatt@hotmail.com
UAL... TAÍ UMA MATÉRIA QUE EU AMO, SOU ATLETA DE MUAY THAI E KICKBOXING, DOU AULAS, TENHO FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA, E TUDO QUE É INFORMAÇÃO DA ÁREA É BEM VINDA, GOSTEI MUITO DA MATÉRIA, PARABÉNS!!
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