População está insegura com onda de crimes



Assaltos constantes em comércio e residências, população amedrontada, falta de aparelhamento dos setores de segurança são temas dos principais debates em Andirá.
O assunto tem mobilizado autoridades, imprensa, representantes de instituições sociais, poder judiciário e população. Eles estão se unindo para buscar soluções para o problema, que tem assustado os moradores.
No final de fevereiro, a Câmara Municipal de Vereadores organizou uma sessão extraordinária e reuniu representantes de vários órgãos para ampliar um debate democrático, apontando as principais problemáticas e possíveis soluções. “Reunimos mais de 80 tópicos de sugestões e apontamos durante este importante encontro. Agora, com um relatório em mãos, vamos até Curitiba buscar solução”, destacou o presidente da Câmara e propositor do evento, Claudemir Dragone.
O tenente Antônio Carlos Carrasa, da Polícia Militar também destacou as carências de efetivos, veículos, infraestrutura e locais. O discurso de que o ideal seria um espaço mais centralizado foi unânime. “A nossa função é o policiamento ostensivo. Já tem dois meses em que a criminalidade só aumenta e nesse período já prendemos 40 pessoas. É um número relativamente alto, ” comentou.
A Polícia Civil, também alertou: “Somos em sete profissionais. Não temos escrivão. Temos 70 presos, inclusive de muitas facções. Recebemos uma informação de que haviam feito um buraco em uma cela e quando fomos ver, já havia fugitivos. O prédio é novo, porém apresenta problemas. Não temos condições mais de receber presos”, afirmou.
De acordo com a juíza Vanessa De Biassio Mazzutti, da Comarca de Andirá, as questões pontuadas são de extrema importância.  “A logística é inaceitável. Hoje temos 70 presos. Estamos trabalhando com uma cadeia superlotada. Temos uma viatura. Não temos moto. A criminalidade faz parte desde que o mundo é mundo, mas, que seja muito menos do que está sendo hoje”, destacou a magistrada, que há 14 anos atua em Andirá e cobrou posições firmes das autoridades.
O promotor de Justiça, Daniel Pedro Lourenço, cobrou legisladores e executivo quanto a ações públicas mais efetivas de segurança pública na comunidade. Ele apontou a necessidade de união de forças no quesito prevenção, principalmente com as crianças e jovens.
O promotor, no ano passado, propôs uma ação de integração esportiva entre as escolas estaduais da cidade e a secretaria Municipal de Esportes e Lazer, que resultou nos Jogos Interescolares.
As mais de 80 propostas e reivindicações estarão registradas em ata que será entregue ao Secretário de segurança Pública, em Curitiba. Uma comissão, incluindo a prefeita, representantes do legislativo e de outros órgãos, irá fazer a entrega do documento ao governo do Estado.

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