Este ano, faz 10 anos que
entrou em vigor a Lei Federal nº 11.445, a lei do saneamento. Neste
período, a Sanepar investiu mais de R$ 5 bilhões em obras para os
sistemas de água e de coleta e tratamento de esgoto. Somente nos últimos
6 anos o investimento chegou à cifra de R$ 4 milhões.
Com a aplicação destes recursos no Paraná, na última década, os índices
de atendimento com coleta e tratamento de esgoto doméstico deram um
salto significativo de 48% para 71%, crescimento de mais de 20%. A
cobertura com água tratada, que era de 98% em dezembro de 2006, foi
universalizada e se mantém em 100% para a população urbana.
“Esta evolução garante ao Paraná posição de destaque, pois nossos
índices estão muito acima da média nacional”, explica o presidente da
Sanepar, Mounir Chaowiche.
A Lei do Saneamento foi publicada em 5 de janeiro de 2007. É o marco
regulatório para a prestação dos serviços de água tratada, coleta e
tratamento de esgoto, coleta e destinação dos resíduos sólidos urbanos
(lixo doméstico) e drenagem urbana. Estes serviços são de
responsabilidade das prefeituras que, por meio de contrato de programa,
podem delegar a prestação das atividades para empresas públicas ou
privadas.
O grande destaque, no Paraná, é a prestação dos serviços de esgoto. No
encerramento do exercício de 2016, 71% dos domicílios urbanos já tinham o
esgoto coletado e tratado. Com 33 mil quilômetros de rede coletora, 239
estações de tratamento e 1.953.484 ligações conectadas à rede. “A
Sanepar caminha rapidamente para a universalização do serviço, conforme
compromisso assumido com as prefeituras que já assinaram os contratos de
programa, previstos na Lei”, afirma Mounir.
Atualmente, a Sanepar atende 345 municípios no Paraná e, ainda, o
município catarinense de Porto União. Segundo o Relatório de
Administração da Empresa, em dezembro de 2006 eram abastecidas com água
tratada 8,3 milhões de pessoas, ou 98% dos moradores das cidades
atendidas. Ao longo dos últimos anos, a Sanepar passou a atender com
água tratada 100% da população urbana. A universalização deste serviço
vem sendo mantida.
“São 3,7 milhões de famílias, pontos de comércio, indústria, escolas,
hospitais e outros estabelecimentos que recebem água da melhor
qualidade. Nosso produto está disponível 24 horas, promovendo a saúde
dos paranaenses”, enfatiza Mounir Chaowiche.
INVESTIMENTOS – A Sanepar, lembra Chaowiche, é uma das companhias de
saneamento mais sólidas do Brasil. “Apesar das dificuldades e das crises
econômicas que restringiram o volume de recursos disponíveis, a empresa
mantém a constância de novas obras para os sistemas de água e de
esgoto, que se refletem na maior oferta de serviços”. Nos últimos 10
anos (2007 a 2016) os investimentos realizados pela Sanepar totalizam R$
5 bilhões, 419 milhões e 800 mil.
Segundo Mounir, a Lei do Saneamento contribuiu para impulsionar a
aplicação de recursos, fazendo frente ao desafio da universalização do
saneamento. “Diferentemente do Paraná, nem todos os estados conseguiram
alavancar seus investimentos.”
ÍNDICE NACIONAL - Os índices nacionais de saneamento ainda estão longe
de alcançar a universalização. De acordo com a última PNAD (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), 85% dos domicílios urbanos recebem água
tratada. Quanto ao serviço de esgoto, informações do Ministério das
Cidades indicam que na média nacional, somente 49% do esgoto é coletado e
deste volume apenas 40% recebe tratamento.
“Apesar de sua irrefutável importância, infelizmente o saneamento é um
dos segmentos mais atrasados da infraestrutura brasileira. Em uma escala
de desenvolvimento e competitividade, o saneamento só ganha do segmento
dos portos, perdendo para rodovias, ferrovias, aeroportos, energia e
telecomunicações”, ressalta o presidente da Associação Brasileira de
Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Roberval Tavares de Souza.
O Brasil precisa urgentemente tornar o saneamento prioridade. Segundo
Roberval, o saneamento deve ser prioridade de Estado e não de governo.
Ele lembra que 10 anos depois os indicadores monitorados apontam que
grande contingente de brasileiros ainda não têm acesso aos serviços
essenciais do saneamento, principalmente à agua tratada e à coleta e
tratamento do esgoto doméstico.
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