Apenas um dos 31 foragidos da cadeia é recapturado

Agente da cadeira liberado
A Polícia Militar prendeu na tarde de segunda-feira, 20, um dos 31 foragidos da Cadeia Pública de Santo Antônio da Platina que aproveitaram uma rebelião que começou na noite de domingo e terminou somente na tarde de segunda-feira para escaparem da prisão. Trata-se de Júnior César Silveira Camilo, conhecido como Catiola. Ele foi encontrado por policiais militares na casa da sua sogra, por volta das 15h30, no bairro Aparecidinho 3, na periferia da cidade.
Desde o fim da rebelião, por volta das 13 horas, equipes da Polícia Militar e Civil estão à procura dos foragidos. No final da tarde de ontem o titular da 38ª DRP, Tristão Borborema de Carvalho informou que todos os presos envolvidos na rebelião serão indiciados por vários crimes. Conforme o delegado ainda não foi possível descobrir o líder ou líderes da rebelião.
No final da tarde de ontem a Polícia Civil divulgou as fotos dos 31 foragidos da carceragem. Quem tiver informações sobre o paradeiro de qualquer um dos foragidos pode ligar para os telefones 43 3534 8900 ou 190, telefone de emergência da Polícia Militar.
TEXTO: Marcos Martins - Jornal Tribuna do Vale

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Rebelião termina após 13 horas; PM confirma 31 presos foragidos

A rebelião na Cadeia Pública de Santo Antônio da Platina, anexo a 38ª Delegacia Regional de Polícia Civil, foi encerrada após 13 horas de negociações. O local, que tem capacidade para 53 presos, estava com quase o dobro da capacidade, 103 detentos. O comandante da 4ª Companhia da Polícia Militar Robson Falk confirmou que 31 presos estão foragidos.
O juiz da Vara Criminal Júlio Cesar Tanga esteve no local durante a manhã de segunda-feira, 20, para fazer as negociações e às 11h25 o agente penitenciário que era mantido como refém, Aimoré Nogueira foi libertado apenas com escoriações. A operação envolveu aproximadamente 50 policias, sendo quatro
viaturas do Comando e Operações Especiais (COE) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) de Curitiba para ajudar nas negociações, policiais da Rotam e reforço policial dos municípios de Joaquim Távora e Ribeirão do Pinhal. Não houve depredação no prédio e nem confronto entre policiais e detentos. O Departamento de Penitenciário do Paraná (Depen) anunciou que será feita a abertura de inquérito administrativo e policial.
Segundo Falk, alguns presos renderam o agente carcerário e abriram todas as celas para uma fuga em massa, mas com a chegada da polícia, o agente foi feito de refém. “Poderia ter fugido muito mais, só não fugiu quem não quis. Eles conseguiram sair pelo portão da frente, onde fica a garagem de veículos. Os presos que se rebelaram não fizeram nenhuma exigência e ainda não há previsão de transferência de presos”. A negociação com o juiz foi para que liberassem o agente garantindo que nenhuma das regalias seria cortada, como por exemplo, visita das famílias. Não houve nenhum dano no prédio, somente de uma telha. Ao final da rebelião os policias realizaram uma revista minuciosa, mais conhecida como “pente fino” para tentar identificar se encontrariam armas, celulares ou objetos proibidos no local.
No telhado, os presos revezavam para acenar para os familiares. O grupo colocou um colchão para fora e até mesmo um botijão de gás. Aproximadamente 100 pessoas – na grande maioria familiares – acompanharam a operação. O irmão de um detento, Alisson Santos denuncia para a equipe de reportagem que a marmitex servida a eles chega azeda nas celas. “A comida levada pelas famílias todas as terças-feiras é jogada fora. Toda semana trazemos comida e eles jogam fora. Semana passada eles nos proibiram de levar comida pronta para eles, mas a marmitex que vem lá de Cornélio Procópio já chega azeda aqui, isso não é justo, são seres humanos também. Em uma cela que cabe quatro pessoas, está com dez”, desabafou.
De acordo com um morador que preferiu não se identificar, a ação foi muito rápida e teve início por volta das 23 horas de domingo, 19. “Estava sentado aqui na frente, ouvi um barulho de dentro da cadeia e rapidamente vários presos estavam fugindo pelo portão da frente. Tive que sair correndo porque o portão é eletrônico e o controle estava no segundo piso, fiquei com medo de que eles corressem na minha direção e entrassem na minha casa, mas eles fugiram em outra direção, sentido Vila Setti. Temos medo de bala perdida, de confronto por morar perto, mas sabemos que em caso de fuga como este, eles vão correr pra longe”, disse o morador.

TEXTO: Dayse Miranda - Jornal Tribuna do Vale
FOTOS: Antônio Picolli - Jornal Tribuna do Vale

 


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