Com a produção de cana de açúcar, São Manoel do Paraná, no Noroeste, obteve 56,8% de crescimento no seu PIB, que alcançou R$ 47,6 milhões. Jaguapitã, no Norte Central, registrou crescimento de 41,1% no PIB, para R$ 683,3 milhões. O desempenho foi influenciado pela avicultura, fabricação de rações, transporte de cargas e atividades imobiliárias.
Interiorização
Segundo dados dos dois institutos, os municípios do interior conquistaram, em 2014, a participação recorde de 60,3% no Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná. Em 2013, a participação do interior havia sido de 58,8%. A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) ficou com 39,7%, contra 41,2% no ano anterior. “O Estado rompeu com um padrão centenário de concentração da riqueza em Curitiba e municípios próximos, que décadas atrás chamávamos de Paraná Tradicional. Hoje todas as regiões do Estado estão integradas pela infraestrutura de transporte e também pelo desenvolvimento homogêneo da economia, pela redução dos desequilíbrios regionais", afirmou o governador Beto Richa. "Ficaram para trás os tempos de êxodo rural, de esvaziamento das pequenas cidades. Mas o nosso desafio continua: vamos perseverar neste esforço de incrementar o desenvolvimento regional, de fortalecer os pequenos municípios com a atração de novos investimentos industriais privados e de intensificar as políticas públicas estaduais de educação, saúde, habitação, saneamento e infraestrutura nas regiões e cidades que mais precisam".
O crescimento do Interior – que desde 2010 vem ganhando espaço - foi impulsionado, principalmente, pelo agronegócio e por investimentos industriais. De acordo com o economista Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes, a diversificação e a industrialização da produção agropecuária deram força para os pequenos municípios na geração de renda e emprego. “Além disso, houve migração dos investimentos para o Interior, atraídos pelo programa estadual de incentivos Paraná Competitivo. Isso reverteu a tendência de concentração econômica que se viu nos anos 2000, quando a economia do Paraná era bastante concentrada na região de Curitiba”, diz.
Nos últimos anos, a Região Metropolitana foi especialmente afetada pela crise econômica, o que ajuda a explicar a redução da participação da RMC no PIB estadual. A região concentra a indústria automotiva e de serviços no Estado.
Força dos pequenos - Os dados mostram, ainda, que houve um crescimento da participação dos municípios com menos de 100 mil habitantes na economia do Estado. Em 2010, eles representavam 35,4% do PIB paranaense. Em 2014, essa presença chegou a 38,4%, contra 37% em 2013.
Mais municípios entre as 100 maiores economiasAs cinco cidades com maior PIB no Estado em 2014 foram Curitiba (R$ 78,9 bilhões), São José dos Pinhais (R$ 23,2 bilhões), Londrina (R$ 15,8 bilhões), Maringá (14,2 bilhões), e Ponta Grossa (R$ 11,6 bilhões). A principal mudança no ranking, porém, veio com Cascavel, que atingiu um PIB de R$ 9,2 bilhões e superou Foz do Iguaçu com R$ 8,7 bilhões.Outra novidade é que o Paraná passou a ter, em 2014, oito cidades entre as 100 maiores economias do Brasil. Em 2013, eram sete. Além de Curitiba, na quinta colocação, está São José dos Pinhais, na 32.ª posição, Londrina (50ª ), Maringá, (59ª), Ponta Grossa (72ª ), Foz do Iguaçu (90ª), Cascavel, (97ª) e Araucária, na 98ª posição.Curitiba, embora tenha reduzido um pouco a participação no PIB brasileiro – de 1,5%, em 2013, para 1,4% em 2014 - permanece como a quinta cidade em porte econômico do País, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Belo Horizonte.PERCAPTAEntre os setores, Curitiba é a cidade com maior participação no PIB dos serviços (24,9%) e da indústria (19,6%) do Estado. A agropecuária, por sua vez, é o setor mais pulverizado. Cascavel é o município que tem maior participação, de 1,8%.Com apenas 5 mil habitantes, o município de Saudade do Iguaçu, no Sudoeste, é o que registrava, em 2014, o maior PIB per capita do Estado, com R$ 105,5 mil. A economia da cidade é fortemente influenciada pelas operações da usina de Salto Santiago, no Rio Iguaçu, que é uma das maiores do Sul do País. Em seguida vem Indianópolis, com PIB per capita de R$ 83,8 mil; São José dos Pinhais (R$ 79,3 mil), Araucária (R$ 65,1 mil), Cafelândia (R$ 61,4 mil) e Carambeí, com R$ 59 mil.
FONTE: Agência Estadual de Notícias
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