O deputado estadual Pedro Lupion (Dem),
participou quinta-feira, 1º, da abertura do Encontro de Prefeitas e
Prefeitos Eleitos, que aconteceu em Foz do Iguaçu e reuniu 1.800
pessoas. O governador Beto Richa abriu o evento, que segundo ele, dá
início a mais uma nova etapa de trabalho, parceria e cooperação entre o
Estado e os 399 municípios. “Passadas as disputas eleitorais, é hora de
somar forças em torno dos objetivos a que todos nos propusemos, que é
trabalhar a favor do Paraná”, disse Richa.
O deputado Pedro Lupion explicou que o
encontro em Foz do Iguaçu foi promovido pelo governo do Paraná e que
teve o objetivo de estreitar a parceria entre o Estado e os municípios.
“O propósito é de trabalharmos todos em favor do Paraná. A maioria dos
nossos prefeitos eleitos participa do evento e está tendo a oportunidade
de conhecer os programas e ações promovidas pelo governo Beto Richa em
benefício dos paranaenses”, disse.
“Os municípios paranaenses têm no
Governo do Estado um parceiro fiel e estratégico. Tenham certeza e
segurança de que a relação entre o Estado e as prefeituras é e
continuará sendo movida e inspirada pelo diálogo e pelo respeito, acima
de quaisquer diferenças políticas ou partidárias”, ressaltou ele aos
prefeitos eleitos, gestores e profissionais dos municípios, de diversas
áreas. Os ministros da Saúde, Ricardo Barros, e das Cidades, Bruno
Araújo, participam deste segundo dia do encontro – que começou
quarta-feira e segue até esta sexta.
Promovido pelo Governo do Estado e o
Sebrae-PR, o evento faz parte do Programa de Estudos Avançados para
Líderes Públicos, é organizado pela Casa Civil e tem o objetivo de
apoiar os prefeitos no planejamento dos primeiros dias de administração e
apresentar programas do Estado que podem ser implementados nos
municípios. “Nossa equipe de governo está presente para responder a
todas as perguntas, mostrar os programas, anunciar ações, apresentar os
financiamentos e os recursos disponíveis aos municípios”, explicou
Richa.
O governador lembrou que no seu primeiro
mandato percorreu todos os 399 municípios para conhecer a realidade de
cada um. “Isso foi muito importante para as ações e investimentos que
pudemos levar adiante. Nos últimos seis anos, realizamos um conjunto de
investimentos que beneficiou, sem exceção, todos os municípios
paranaenses. Esse é o maior legado que o nosso governo construiu ao
longo do tempo”.
REFORMA ESTRUTURAL – Ao falar sobre a
crise nacional, principalmente a situação de quase todos os estados, o
governador defendeu uma reavaliação de toda a estrutura de funcionamento
do poder público, o que inclui a União, os Estados, empresas públicas e
os municípios. “Não vivemos apenas uma crise de conjuntura, provocada
pela recessão que atinge o País. É um grave problema estrutural, que só
será sanado com uma reforma racional da composição de gastos do poder
público com funcionalismo, encargos sociais e previdência, além da
revisão das vinculações de receitas. A atual estrutura de gastos é uma
catástrofe anunciada. Por isso, as reformas são urgentes e exigem muita
coragem”, afirmou.
O Paraná, disse Richa, também sofre os
efeitos da recessão econômica, mas o Estado soube se preparar. Ele
ressaltou as primeiras medidas fiscais e de redução de despesas, tomadas
há dois anos, e afirmou que elas foram imprescindíveis. “Vemos a
situação de muitos outros estados, com salários atrasados ou parcelados,
falta de recursos para pagar o 13º e para manter em funcionamento
serviços básicos de saúde, educação e segurança pública. O Paraná, ao
contrário, depositou ontem não só o salário de novembro dos seus
servidores, como antecipou o pagamento de metade do 13º salário. Uma
injeção de R$ 2,4 bilhões na economia paranaense, somadas as duas
folhas. Isso tudo acontece num momento em que os nossos investimentos
estão em crescimento”.
MENOS DESEQUILÍBRIO – Os avanços do
Paraná também foram ressaltados pelo governador. Ele lembrou que o
Estado recompôs a sua capacidade e é o único no País que elevou os
investimentos em 2016, na comparação com o ano passado. “São R$ 5
bilhões aplicados neste ano em obras, ações sociais e programas de
governo, incluídas as empresas estatais”, disse ele.
Em 2015, o Paraná tornou-se a terceira
maior indústria de transformação do País. Houve descentralização da
economia, antes muito focada na região de Curitiba. “As regiões do
Estado ganharam mais dinamismo econômico com a instalação de novas
empresas e a ampliação de outras. O nível de emprego cresceu nos últimos
anos, o padrão de consumo das famílias do interior do Estado é superior
ao verificado na Região Metropolitana de Curitiba. Isso significa uma
efetiva redução dos desequilíbrios regionais. O Paraná está crescendo de
forma mais homogênea.”
Richa mencionou que de 2011 para 2014 o
Paraná elevou em 3,8% o seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), com
evolução bem acima da média nacional. Dados do Ipea (Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada), do governo federal, também apontam o
Paraná como um dos Estados que mais reduziram a miséria nos últimos
anos. O número de pessoas extremamente pobres no Estado caiu de 374 mil,
em 2009, para 159 mil em 2014, uma queda de 57%. Além disso, foram
reduzidos de forma significativa os índices de mortalidade materna e
infantil.
COLETIVIDADE – O governador disse aos
prefeitos que, mais que números e estatísticas, o que fica na memória
das pessoas são os atos e a conduta como gestores públicos. “E este
comportamento, mais que nunca, precisa ser permeado hoje pelo
compromisso com a coletividade”, afirmou.
Ele lembrou que no seu primeiro mandato,
a política salarial dos servidores públicos foi conduzida até o limite
da responsabilidade fiscal. Todas as categorias de servidores tiveram
expressivos ganhos acima da inflação (em média, mais de 40%),
especialmente os professores e os policiais, que hoje têm vencimentos
acima da média nacional. Neste ano o funcionalismo voltou a ter a
reposição integral da inflação, com reajuste de 10,67% em janeiro.
“É uma conquista inquestionável diante
da falta de reajuste aos servidores nos demais Estados, e do desemprego
crescente na iniciativa privada. Reconhecemos o papel do servidor e
vamos continuar valorizando a categoria, tanto que, em 2017, vamos
conceder progressões e promoções que somam R$ 1,4 bilhão”, disse Richa.
“Mas não podemos e não vamos sacrificar
os interesses dos mais de 11 milhões de paranaenses, com os quais temos o
compromisso de oferecer serviços públicos de qualidade, para ceder a
pressões corporativas. O sacrifício de hoje precisa ser partilhado por
todos, sem privilégios a grupos ou a setores. Os paranaenses terão
sensibilidade e perceberão que deve prevalecer o interesse coletivo da
nossa população. O Estado seguirá sendo conduzido com responsabilidade e
sensatez.”
PARA OS MUNICÍPIOS - Com todas as
adversidades, afirmou Richa, o Governo do Estado manteve o fluxo de
transferências aos municípios, o que foi fundamental para que algumas
prefeituras se conservassem solventes. Em 2016, o Estado já repassou R$
6,8 bilhões aos municípios - R$ 5,2 bilhões em ICMS e R$ 1,6 bilhão em
IPVA.
Richa informou que o governo estadual
está finalizando a negociação para a contratação de 150 milhões de
dólares junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para a
implantação do programa Paraná Urbano 3, que irá assegurar aos
municípios uma nova e importante fonte de financiamento para as suas
obras. “São cerca de R$ 500 milhões, que vão se somar aos recursos já
existentes e disponíveis para os municípios.”
Também está encaminhada a contratação de
um empréstimo de 300 milhões de dólares (cerca de R$ 1 bilhão) para
investimentos nas rodovias, em obras de restauração, conservação,
terceiras faixas e duplicações. “O equilíbrio fiscal conquistado pelo
Paraná nos garante novo aumento no volume de investimentos com recursos
próprios em 2017”, afirmou.
FONTE: ASSESSORIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O que você achou desta matéria???