Um levantamento feito pela Secretaria estadual da Saúde mostrou que 77
cidades do Paraná estão em estado de alerta para epidemias de dengue de
acordo com o índice de infestação do mosquito transmissor. Os dados
foram apresentados após o Levantamento Rápido de Índices para Aedes
aegypti (LIRAa) referente ao mês de novembro realizado por 303
municípios.
O LIRAa é um cálculo que compara a quantidade de imóveis visitados pelos
Agentes de Saúde com a quantidade de focos com larvas do mosquito
encontrados nessas visitas. “Atualmente, o Governo do Estado recomenda
que as prefeituras façam esse levantamento nos meses de fevereiro e
novembro para que possamos monitorar a situação no Paraná”, explica a
chefe do Centro estadual de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte.
O resultado abaixo de 1% é considerado fora de perigo (menos de uma casa
infestada para cada 100 pesquisadas), de 1 a 3,9% é estado de alerta
(de uma a três casas infestadas para cada 100 pesquisadas), e acima de
4% há risco de surto e demanda ações emergenciais (quatro ou mais casas
infestadas para cada 100 pesquisadas).
Segundo o mesmo levantamento, dois municípios apresentaram o índice de
alto risco para epidemias, ou seja, com valor igual ou acima de 4%. São
Miguel do Iguaçu, na região oeste do Paraná, registrou 4% de índice de
infestação; e Jacarezinho, no norte pioneiro, apresentou o valor de
4,8%.
Além das cidades em risco, já foi confirmada a presença do vetor em 313
municípios do Estado em 2016. “Onde há mosquito, pode haver doença. Além
da dengue, o Aedes aegypti pode transmitir várias outras patologias.
Portanto, mesmo que o município ainda não apresente casos de dengue, o
perigo existe e a principal recomendação é não deixar o Aedes nascer”,
diz Ivana.
PREVENÇÃO – De acordo com o novo boletim divulgado pela
Secretaria da Saúde nesta terça-feira (13), foram confirmados 298 casos
de dengue no Paraná desde agosto de 2016. O informe também apresenta
seis casos de chikungunya, sendo apenas um autóctone (em que a
contaminação ocorreu no Estado), e nenhum caso de zika no período.
De acordo com a chefe do Centro estadual de Vigilância Ambiental, apesar
da redução de casos comparada ao mesmo período em 2015, os cuidados
devem continuar. “Embora haja redução de 74% no número de casos, a
população precisa manter as medidas preventivas para evitar a
proliferação do mosquito”, enfatiza.
As recomendações são as mesmas, como não deixar focos de água parada,
organizar uma rotina de limpeza semanal das residências e locais de
trabalho, e eliminar qualquer possível criadouro de mosquito. A atenção
deve ser especial com lixos, vasos, garrafas retornáveis, recipientes de
descongelamento na parte de trás das geladeiras e caixas d’água.
Veja quais são os municípios que apresentam alto risco de surto de dengue:
Jacarezinho
São Miguel do Iguaçu
Veja quais são os municípios que apresentam alerta para dengue:
Nova Aurora
Corumbataí do Sul
Cruzeiro do Sul
Quinta do Sol
Mamborê
Marumbi
Santa Isabel do Ivaí
Lupionópolis
Mirador
São João do Ivaí
Grandes Rios
Altamira do Paraná
Sertaneja
Ivatuba
Ampére
Mariluz
Inajá
Brasilândia do Sul
Santa Mônica
Espigão Alto do Iguaçu
Formosa do Oeste
Marialva
Prado Ferreira
Vera Cruz do Oeste
Assis Chateaubriand
Guaíra
Moreira Sales
Nova Londrina
Leópolis
Santo Antônio do Caiuá
Pérola d'Oeste
Pitangueiras
Maria Helena
Assaí
Nova Aliança do Ivaí
Nova Esperança
Realeza
Terra Roxa
Ângulo
Itaguajé
Santa Terezinha de Itaipu
Iretama
Londrina
Capitão Leônidas Marques
Diamante do Norte
Bela Vista do Caroba
Amaporã
Bela Vista do Paraíso
Mercedes
Ribeirão do Pinhal
Roncador
Rondon
Santa Amélia
Santa Mariana
São Jorge do Patrocínio
Esperança Nova
Planaltina do Paraná
Iguaraçu
Itambé
Jaguapitã
Andirá
Nova Cantu
Perobal
Tamboara
São Pedro do Ivaí
Centenário do Sul
Francisco Alves
Xambrê
Douradina
Ouro Verde do Oeste
Palotina
Sarandi
Terra Boa
Alto Piquiri
Siqueira Campos
Guaporema
Novo Itacolomi
FONTE: SESA
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