O
próximo sábado, 29 de outubro, é o Dia Mundial de Combate ao AVC
(Acidente Vascular Cerebral), também conhecido como derrame. O problema
acontece devido à obstrução do fluxo de um vaso sanguíneo localizado no
cérebro. É possível reduzir as chances de ter essa doença adotando
hábitos saudáveis.
“Qualquer
pessoa pode sofrer um derrame cerebral. Entretanto, algumas têm mais
chances de ter a doença, como as hipertensas, diabéticas, com algum
problema cardíaco, fumantes e sedentários”, reforça o cardiologista da
Secretaria de Estado da Saúde, André Ribeiro Langowiski.
Segundo
dados do Ministério da Saúde, a doença causa mais de 100 mil mortes por
ano em todo o País. Apenas no Paraná, em 2015, foram registrados 4781
óbitos por AVC. Do início de 2016 até agora, já são 3805 mortes pela
doença.
Por
isso, é importante cuidar da saúde e adotar hábitos que ajudem a
reduzir as chances de ter um AVC. É recomendado não fumar; reduzir o
consumo de álcool; comer frutas, legumes, vegetais e fibras; evitar
alimentos com muito sal e frituras; e fazer pelo menos 30 minutos de
atividades físicas por dia.
De
acordo com Langowiski, pessoas com mais de 50 anos devem verificar a
pressão sanguínea de forma regular e procurar um médico periodicamente.
Acima de 18, a pressão deve ser checada anualmente. “Adotar esses
hábitos vão ajudar não apenas na prevenção do AVC, mas também de muitas
outras doenças”, relembra.
RECONHECENDO
– Durante um derrame, a pessoa sente fraqueza e dormência no rosto,
braços e pernas, geralmente em apenas um lado do corpo. Também ocorre
dificuldade para falar, ou compreender o que estão falando, e para
enxergar.
Outro
sintoma comum é a dificuldade para caminhar, perda de equilíbrio e
vertigens, além de dor de cabeça e vômito. “Ao apresentar qualquer um
desses sintomas, é recomendado ligar para o Samu – 192. Quanto mais
rápido for atendimento, maiores são as chances de evitar sequelas”,
explica o médico.
As
sequelas variam de acordo com a área do cérebro afetada - paralisia de
um dos lados do corpo; boca torta; perda de memória; incontinência
urinária ou fecal; dificuldade em se expressar; dificuldade na
localização espacial; dificuldade para falar, comer e de engolir saliva;
estrabismo; e desequilíbrio.
Após
um AVC, o paciente deve ser examinado por médico e um fisioterapeuta e
iniciar o tratamento em seguida, minimizando ao máximo as chances de
sequelas. “As terapias contribuem com a reabilitação e ajudam a
recuperar movimentos, devolvendo qualidade de vida à pessoa”, comenta o
cardiologista.
CURSO
– Curitiba recebe de 27 a 29 de outubro o XII Congresso do Departamento
de Hipertensão Arterial. Nesta sexta-feira (28), Langowiski ministra o
Curso de Hipertensão Arterial Voltado à Atenção Primária no SUS. O
evento acontece a partir das 8 horas no auditório 3 da ExpoUnimed.
O
curso vai abordar diagnóstico, classificação, tratamento e
monitoramento, entre outros temas relacionados à hipertensão. O médico
também irá apresentar o Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC)
utilizado no Paraná. Mais informações em http://departamentos.cardiol.br/sbc-dha/congresso2016/.
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