O horário de verão começa à zero hora do próximo
domingo (16) em 10 estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além
do Distrito Federal. Nesses locais os relógios devem ser adiantados em
uma hora, deixando o domingo com 23 horas de duração. A operação
inversa, que vai marcar o final do Horário de Verão, acontecerá em 19 de
fevereiro.
Com base em edições anteriores, a estimativa da Copel é que o Horário de
Verão contribua para reduzir em 4,5% os níveis máximos de demanda por
energia elétrica entre as 18h e as 21h. Isso corresponde a evitar, ao
longo de quatro meses, a demanda por 200 megawattts de potência no
sistema elétrico estadual neste horário, o que equivale à demanda máxima
de uma cidade como Maringá.
REDUÇÃO DA DEMANDA - A principal finalidade do Horário de Verão é
proporcionar uma alívio à operação de instalações como usinas geradoras,
subestações e linhas de transmissão no fim da tarde, quando o
expediente comercial e na indústria coincidem com a ativação da
iluminação pública.
Aproveitando os dias são mais longos do verão, o adiantamento do relógio
permite antecipar as rotinas das pessoas e das empresas, descolando os
horários de maior consumo de energia do horário de acionamento
automático das lâmpadas nas ruas.
A diluição do pico de consumo no fim da tarde previne sobrecargas no
sistema elétrico, o que evita o acionamento emergencial de usinas
térmicas e também resguarda os estoques de água nos reservatórios das
hidrelétricas. Tudo isso reverte em economia para os consumidores, já
que o custo de geração adicional é sempre repassado às tarifas por meio
das bandeiras tarifárias.
AR-CONDICIONADO - Nos últimos anos, a popularização dos equipamentos de
refrigeração tem deslocado o pico de consumo de energia para o intervalo
entre as 14 e as 17 horas, período sobre o qual o Horário de Verão não
tem efeito. Este fato reforça a importância de utilizar de modo racional
o ar-condicionado no início da tarde.
HISTÓRICO - Esta será a 42a vez que o Horário de Verão será adotado no
País. A história da medida no Brasil começou na década de 30, pelas mãos
do então presidente Getúlio Vargas. Sua versão de estreia durou quase
meio ano - vigorou de 3 de outubro de 1931 até 31 de março de 1932. Nos
35 anos seguintes, a medida foi instituída em nove oportunidades: em
1932, de 1949 a 1952, em 1963 e de 1965 a 1967. O recurso ressurgiu
apenas em 1985 por decreto do presidente José Sarney, e foi adotado de
forma ininterrupta desde então.
O decreto 6558, de 2008, determinou que o Horário de Verão será aplicado
nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, incluindo o
Distrito Federal, com início sempre no terceiro domingo de outubro e
encerramento no terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte.
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