Uma Medida Provisória poderá beneficiar diversas
empresas instaladas em municípios da região dos Campos Gerais quanto à redução
dos custos logísticos. Nas próximas semanas, o Governo Federal deverá publicar
a MP que tratará de dois temas ligados ao transporte ferroviário. Tais medidas
possibilitarão a reativação de trechos sem utilização, inclusive o que liga
Jacarezinho a Ponta Grossa, o que ampliaria a competitividade de empresas
instaladas em municípios como Arapoti, Jaguariaíva, Castro, Carambeí, entre outras.
Conforme explica João Arthur Mohr, Secretario
Executivo do Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado
do Paraná (Fiep), há um acompanhamento próximo desse assunto em função de um
dos objetivos da entidade: a redução de custos para as empresas e ao setor do
agronegócio do Paraná. Ele detalha que os principais assuntos abordados serão a
reutilização de trechos que hoje estão abandonados (ou pouco utilizados), e a
concessão do direito de passagem ou compartilhamento de trilhos. “Existe um
monopólio no transporte ferroviário no Paraná, e, com isso, a gente pretende
que haja essa possibilidade de compartilhamento dos trilhos”, explica.
Para isso, contudo, ele lembra que deverá haver a
viabilidade econômica, tanto para custear a manutenção do trecho quanto para
suprir a demanda de cargas. Por esse fato, as empresas interessadas em operar
esses trechos subutilizados poderão fazer os Estudos de Viabilidade Técnica,
Econômica e Ambiental (EVTEA). “Isso poderia ser feito, por exemplo, pela
empresa interessada para transportar de Jaguariaíva para Ponta Grossa, que
poderá se apresentar para operar neste trecho. Mas é claro que tem que fazer a
manutenção e poderá haver trechos que não sejam viáveis. Várias empresas
poderão realizar os estudos e apresentar a viabilidade para poder explorar os
trajetos”, completa. Para a construção de trechos novos de ferrovia, estima-se
o custo de R$ 10 milhões por quilômetro, valor que é substancialmente reduzido
com apenas uma reforma de um trecho já existente.
Conforme Mohr relata, para a operação desse trecho
entre Jacarezinho e Ponta Grossa, ou Sengés e Ponta Grossa, é mais provável que
haja interesse por parte de empresas que já atuam neste setor, e não por
empresas novas. “É mais provável que uma MRS, que atua na região sudeste, ou
uma VLI, poderão operar no Sul. O compartilhamento de trilhos irá criar uma
concorrência saudável, com a redução dos custos”, destaca.
Com informações: Jornal da Manhã
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