Nenhum dos candidatos que disputou e venceu as eleições nesse segundo turno poderá alegar que desconhece a situação financeira extremamente grave em que encontrarão os municípios que administrarão, então sem reclamação, vamos ao trabalho.
Mais de 30 milhões de eleitores foram às urnas neste domingo para a votação do segundo turno das eleições municipais, em 57 municípios, entre os quais 18 capitais: Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Vitória, Florianópolis, Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, Aracaju, Maceió, Recife, Fortaleza, São Luís, Macapá, Belém, Manaus e Porto Velho.
No Paraná, três cidades elegeram seus prefeitos no segundo turno. Em Maringá, venceu Ulisses Maia, com 118.635 votos (58.88%) derrotando o favorito Silvio Barros que teve 82.868 votos (41,12%). Em Ponta Grossa. Marcelo Rangel reelegeu-se com 98.058 votos (55.39%) dos votos contra Aliel Machado que teve 79.008 votos (33,61%).
Em Curitiba, venceu Rafael Greca com 461.736 votos (53,25%). Ney Leprevost ficou com 405.315 votos (46,75%). Votos brancos somaram 44.834 (4,35%) e nulos 117.920 (11,45). 259.399 curitibanos preferiram não comparecer para votar (20,12%). Greca venceu por um Requião de vantagem o seu oponente.
Os curitibanos preferiram a experiência de quem já governou a cidade, fez muito e sabe como administrar uma capital que hoje tem mais de 1 milhão e 800 mil habitantes, com crescentes desafios.
Greca terá o importante apoio do governador Beto Richa- aliado de primeira hora. Foi o governador que comandou a adesão do PSDB a candidatura Greca, abrindo mão de lançar candidato próprio, preferindo indicar o candidato a vice para ter uma chapa competitiva.
Foi também o governador que conduziu o processo da coligação que tornou a candidatura de Greca viável eleitoralmente, já que o PMN não poderia oferecer estrutura de campanha, tempo de teve e organização partidária para enfrentar uma eleição tão disputada. O meu partido, o PSB, foi o primeiro a acreditar e apoiar Greca, com o generoso gesto do ex-prefeito e deputado federal Luciano Ducci de não disputar a eleição.
Tenho certeza que as parcerias entre o governo e prefeitura serão fundamentais para que a nossa Curitiba abandonada volte a oferecer serviços públicos de ponta e a ser referencia de planejamento urbano e qualidade de vida.
Há muito a ser feito, há limitações orçamentarias, mas quando há dialogo e parceria entre prefeitura e governo, abrem-se mais possibilidades de cooperação e de ações conjuntas.
Tenho convicção que Greca montara uma excelente equipe de trabalho. Experiência, competência e vontade de trabalhar não lhe faltam, aliás terá ao seu lado o jovem e dinâmico vice prefeito eleito Eduardo Pimentel, que foi uma ótima revelação dessa eleição.
Vem ainda com muita vontade de reafirmar sua capacidade de planejamento e gestão, justamente indignado pelas tentativas dos adversários de desqualifica-lo, no primeiro e no segundo turnos.
Greca conhece Curitiba como poucos e sabe que não será fácil, ainda mais em tempo de escassez de recursos, recuperar a cidade e resgatar a confiança dos curitibanos. Mas Greca tem firmeza, sabe o que precisa ser feito, terá as portas do Palácio Iguaçu e das secretarias abertas para um trabalho conjunto e tem todas as condições para fazer um ótimo governo.
A julgar pela sua primeira entrevista como prefeito eleito, Greca mostrou a que veio: “Usar a verdade por método, a transparência por instrumento e o papa Francisco por modelo”.
Parabéns, Curitiba! Parabéns, Rafael Greca!
Boa Semana. Paz e Bem
*Luiz Cláudio Romanelli, advogado e especialista em gestão urbana, ex-secretário da Habitação, ex-presidente da Cohapar, e ex-secretário do Trabalho, é deputado pelo PMDB e líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná. Escreve às segundas-feiras sobre Poder e Governo.
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