O
horário de verão acaba no próximo domingo (21), quando os relógios devem ser
atrasados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Pessoas que
costumam sofrer com as alterações no horário devem começar a se preparar desde
já para não sentir tanto os efeitos da mudança.
A
principal medida para minimizar os efeitos do fim do horário de verão é atrasar
gradualmente a hora de dormir, de acordo com o neurologista Ricardo de Campos.
Segundo ele, o ideal é fazer a mudança de forma fracionada, indo dormir cinco
minutos mais cedo a cada dia, durante, pelo menos, uma semana.
"Aí,
quando chegar a hora da mudança, o corpo não vai sentir. O fracionamento
progressivo talvez tenha menos impacto do que uma mudança abrupta de uma hora,
que pode levar a um sono anormal", explica. Outra dica do especialista é
evitar alimentos e bebidas estimulantes durante a noite, como refrigerantes com
cafeína.
Pessoas
com problemas cardíacos, endócrinos ou pressão alta podem sofrer mais com as
alterações de horário, de acordo com o especialista. "Ou a pressão sobe,
ou a arritmia pode ficar mais sintomática, ou até mesmo alterações do
rendimento de trabalho por irritação, alterações do humor, tudo o que a gente
conhece com o sono alterado para mais ou para menos", diz.
Idosos
podem enfrentar maiores obstáculos para a adaptação, levando até um mês para se
adequar ao novo horário. "Boa parte dos idosos tem dificuldade para se
beneficiar de um sono mais reparador, e, com qualquer alteração mínima, ele
pode ter problemas para a mudança por até um mês", afirma Campos.
O
principal objetivo do horário de verão é aproveitar melhor a luz solar durante
o período do verão, além de estimular o uso consciente da energia elétrica.
Entre os meses de outubro e fevereiro, os dias têm maior duração nas regiões
subtropicais, por causa da posição da Terra em relação ao Sol. Com o
adiantamento de uma hora nos relógios, há uma redução no consumo de energia
elétrica durante o período de maior demanda de energia.
A
atual edição do horário de verão começou no dia 18 de outubro nos estados das
regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A expectativa do governo é economizar R$ 7
bilhões, que representa o valor que teria de ser investido no sistema elétrico
para atender a um consumo maior.
Segundo
o Ministério de Minas e Energia, nos últimos dez anos, a medida tem
possibilitado redução média de 4,5% na demanda por energia no horário de maior
consumo e uma economia absoluta de 0,5%, o que equivale, em todo o período do
Horário de Verão, a aproximadamente ao consumo mensal de energia da cidade de
Brasília, com 2,8 milhões de habitantes.
FONTE:
Portal Bonde
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