A prefeitura de Ribeirão Claro iniciou o programa para a castração de cachorras de rua e de animais pertencentes a famílias beneficiárias dos programas sociais como o Bolsa Família, com cadastro na Secretaria de Assistência Social. O objetivo é diminuir a população de animais soltos no município que tem causado transtornos aos moradores e problemas sanitários. O projeto foi autorizado pelo prefeito Geraldo Maurício Araújo (PV) em resposta à solicitação da população e está sendo conduzido pelo Departamento de Vigilância Sanitária, da Secretaria de Saúde.
O trabalho foi iniciado com cachorras soltas nas ruas, em locais de grande concentração de animais. Os animais estão sendo conduzidos até a clínica da médica veterinária Marcella Bender, contratada através de processo licitatório e responsável pelas cirurgias. Na segunda etapa da ação, serão castradas as fêmeas pertencentes a famílias beneficiárias de programas sociais.
Segundo estimativa feita pela Secretaria de Saúde, em cerca de um ano será evitado o nascimento de até 800 cães no município. O número é baseado na progressão geométrica resultante quantidade de gestações possíveis por ano e a média de filhotes a cada uma delas. Cada cadela pode ter até duas gestações por ano, com entre dois e oito filhotes a cada ciclo, dependendo do porte físico do animal.
Segundo o secretário de Administração, Fabio de Lucca, o programa visa sanar os problemas criados pelo aumento da população canina. “A intenção do prefeito Maurício não é apenas alimentar os cães, porque isso não resolve a questão, já que os animais continuam na rua e procriando”, explicou. “A meta é diminuir a população canina, atendendo aos pedidos da população”, completou. “É importante ressaltar que inicialmente apenas cadelas pertencentes a famílias de baixa renda serão encaminhadas para a cirurgia”, frisou.
De acordo com ele, a previsão é de controlar o número de cães soltos nas ruas em cerca de um ano. “Em um ano teremos controlado o número de animais nas ruas, o prefeito Maurício não medirá esforços para chegarmos a essa meta”, afirmou.
O secretário falou sobre a inviabilidade de construir um canil no momento, mas antecipou a utilização de novas tecnologias em uma próxima fase do programa. “Estamos estudando a atualização da legislação municipal para implantação de chips nos animais que possuem dono, para que os proprietários possam ser localizados e responsabilizados em casos de omissão e abandono dos animais”, antecipou. “Apenas Ourinhos (SP), cidade com mais de 100 mil habitantes, tem canil e no momento Ribeirão Claro não comporta uma estrutura como essa, porque demandaria investimento na construção do prédio e a contratação de funcionários”, finalizou.
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