Estado apoia as cooperativas que agregam valor à produção paranaense

O governador Beto Richa afirmou nesta quarta-feira (28) que o Governo do Estado apoia fortemente as cooperativas e agroindústrias que agregam valor à produção paranaense. “A maior parte das riquezas fica em nosso Estado, gerando muitos empregos”, disse Richa na inauguração da nova Unidade Industrial de Milho da Integrada Cooperativa Agroindustriual, em Andirá, no Norte Pioneiro.

Posicionada como uma das mais modernas do País em transformação do milho, a nova indústria é fruto de um investimento de R$ 100 milhões, sendo R$ 70 milhões financiados pela agência paranaense do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). A indústria, que criou 200 empregos, atende ao planejamento da cooperativa de ampliar a agroindustrialização para cada vez mais agregar valor à produção dos cooperados e diversificar receitas. A unidade industrial processa milho, principalmente, para a indústria de alimentos e de bebidas.

“Temos uma relação muito estreita com todas as entidades que representam os interesses dos produtores rurais, do agronegócio. Temos com as cooperativas essa relação muito forte”, afirmou Beto Richa. “Nos primeiros quatro anos de gestão, apoiamos 70 projetos de expansão e modernização de cooperativas, com cerca de R$ 1,6 bilhão aportados pelo BRDE, além de algumas cooperativas que se enquadraram no programa de incentivo fiscal Paraná Competitivo”, ressaltou o governador.

PARCEIRO - O presidente da Integrada, Jorge Hashimoto, disse que esse é o maior investimento da história da cooperativa e ressaltou a importância da parceria com o BRDE: “Não teríamos condições de implantar esse empreendimento sem o apoio do banco."

A nova indústria, disse Hashimoto, representa um marco na história da Integrada. “Até este mês, contávamos com a indústria antiga, também em Andirá, mas que já está com equipamentos ultrapassados. A nova indústria tem o dobro da capacidade da antiga”, contou.

A capacidade de produção passa das atuais 160 mil toneladas anuais para até 300 mil toneladas de derivados de milho por ano. A indústria conta com capacidade estrutural para superar essa meta e chegar a produção de 400 mil toneladas anuais.

OPORTUNIDADES - O governador falou sobre a satisfação de testemunhar o crescimento dos municípios do interior e ver as indústrias se proliferando em todas as regiões do Paraná. “A nossa meta, desde que assumimos o governo, é ter uma industrialização mais homogênea no Estado para levar as oportunidades a todos os paranaenses”, disse Richa.

Ele ressaltou que o Paraná vive o maior ciclo industrial da sua história, com a atração de R$ 35 bilhões em novos investimentos de empresas nacionais e internacionais. No primeiro semestre deste ano, lembrou Richa, o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que o Paraná foi o único estado que teve um crescimento positivo na produção industrial. “Alternamos, a cada mês deste ano, a posição entre o primeiro e o segundo lugar na geração de empregos com carteira assinada.

“Por isso, fico feliz em ver os grandes investimentos das cooperativas paranaenses. De janeiro a setembro deste ano, 36% do total de exportações das cooperativas brasileiras saíram do Paraná, o que mostra a pujança do Estado e o sistema cooperativo organizado, forte e que tem ajudado o Estado.”

ATRATIVO - O prefeito de Andirá, José Ronaldo Xavier, ressaltou a importância do empreendimento da Integrada para o município, que tem 20 mil habitantes e é essencialmente agrícola. “Participamos da escolha do local, da desapropriação do terreno e do dia a dia da obra. “Esta indústria vai ser um atrativo para outras empresas, pois estamos em um local estratégico, que favorece a logística”, afirmou Xavier.

PRODUÇÃO – A Unidade Industrial de Milho produz 24 produtos, entre os quais farinhas especiais, óleo de milho, snacks e flakes. A produção é destinada, principalmente, para a indústria de alimentos e de bebidas, como fábricas de salgadinhos, cereais matinais, bolachas, panificação, massas, gorduras vegetais, cervejas e rações. O milho processado ainda é usado na indústria de papel e na mineração.

O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, lembrou que o Paraná sempre foi líder na produção de milho e que de uns anos para cá aprende a dar mais valor a este cereal. “Tantos alimentos derivados do milho ajudam a atrair novos investimentos, como a Cargil e a Evonik, em Castro, as cooperativas do Oeste, e aqui a Integrada fazendo um grande investimento para agregar valor à produção de milho. Isso é muito importante, porque transporta produtos de grande valor agregado, atrai empregos para a região e contribui com a dinamização da economia”, disse Ortigara.

PIONEIRA – Criada em 1995 a Integrada Cooperativa Agroindustrial atua no Oeste e Norte do Paraná e no Sul de São Paulo. Possui 58 unidades de negócio.

É pioneira na verticalização da cadeia do milho no Paraná. A nova indústria utiliza o milho dos cooperados e também compra no mercado. Para produzir 300 mil toneladas por ano, a indústria necessita de um volume de milho dez vezes maior do que a produção de Andirá.

Com previsão de faturar mais de R$ 2 bilhões em 2015, a Integrada, com matriz em Londrina, tem 8,5 mil cooperados e forte atuação na área de soja, milho, trigo, café e laranja. Há dois anos, inaugurou uma unidade de suco de laranja em Uraí voltada 100% para exportação. Também possui uma unidade de fios de algodão em Assaí e uma indústria de rações para grandes animais e pets em Londrina.

PRESENÇAS – Participaram da inauguração da nova indústria a secretária de Estado da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa; o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli, e o deputado estadual Pedro Lupion.

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Tecnologia de ponta e rastreabilidade do produto

Com excelência em segurança alimentar e ambiental, a unidade industrial da Integrada inaugura um novo conceito para produção de derivados de milho no País. O projeto foi elaborado com alta tecnologia e foram planejados prédios funcionais, que atendem a todas as exigências das legislações vigentes para indústrias de alimentos.

Construído em uma área de 340 mil metros quadrados, o complexo industrial conta com cinco silos de concreto e três prédios onde funcionam os setores de moagem de milho, produção de amido, armazenamento e expedição. O mais alto deles, onde funcionará o setor de moagem, tem 45 metros de altura, o equivalente a um edifício residencial de 15 andares.

“A matéria prima vai passar por silos herméticos de concreto, que serão totalmente vedados. Não vai haver nenhum contato manual com os produtos e todos os ambientes serão isolados para evitar qualquer tipo de contaminação”, explica o gerente da Qualidade e Produção, Glauco Tironi Garcia.

Na nova planta, foram construídos ainda dois laboratórios para atestar a qualidade e a segurança alimentar em todos os níveis de produção. Esses laboratórios farão todas as análises necessárias para garantir a máxima qualidade dos produtos.

RASTREABILIDADE - A Integrada é responsável por todo o processo produtivo, da produção no campo até a entrega do produto final. Ou seja, a cooperativa terá o conhecimento de todo o processo produtivo, desde o acompanhamento técnico da lavoura do produtor que cultiva o milho até a indústria que processa o alimento para a mesa do consumidor final.

Agência Estadual de Notícias

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