Proprietários de lotes e túmulos no Cemitério São João Batista, em
Santo Antônio da Platina, podem ser impedidos de sepultar seus entes por
falta de documentação que comprove a posse dos bens. A medida foi
tomada após duas reclamações na Justiça de supostos sepultamentos de
corpos em túmulos que não pertencem às famílias dos mortos.
Conforme o administrador Romilson Rebelo Ferreira, o cemitério possui
mais de 3 mil túmulos, dos quais 20% se encontram em situação
irregular. Em virtude de problemas ocorridos há quatro anos e que se
transformaram em processos judiciais, a prefeitura enxergou a
necessidade de verificar e cobrar pela regularização dos lotes com
pendências documentais.
“A decisão foi tomada para se evitar constrangimentos iguais aos que
as famílias envolvidas nas ações judiciais estão enfrentando. A falta de
documentos para comprovar a propriedade da sepultura tem gerado uma
série de problemas, inclusive a exumação de corpos para serem enterrados
em outros espaços. Nos dois casos judiciais em questão, membros das
famílias autorizaram os sepultamentos em seus túmulos a terceiros,
porém, parentes que não concordaram com a decisão procuraram a Justiça.
Por isso, a partir de agora será necessário comprovar a propriedade do
túmulo ou do lote, ou então apresentar uma autorização para fazer uso da
sepultura”, explica Ferreira.
De acordo com o servidor, os proprietários de lotes e túmulos no
Cemitério São João Batista devem procurar a administração municipal o
quanto antes para regularizar a situação dos bens. Recibos de
sepultamentos e documentos fornecidos como doação pela prefeitura terão a
mesma validade de escrituras para as comprovações. Nos casos em que
ainda não existe nenhum tipo de documento para comprovar a posse, o
usuário deverá pagar uma taxa no valor de R$ 1.054 para regularizar a
sepultura.
FONTE: Thays Silva - Rádio Difusora AM
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