O prefeito de Ribeirão Claro, Geraldo Maurício Araújo (PV), recebeu essa semana uma cópia do livro “Ponte Pênsil Alves de Lima: Patrimônio Histórico Arquitetônico Norte Pioneiro do Paraná”, entregue pela escritora e professora da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Silvia Borba Zandoná Cadenassi. Acompanharam a entrega o secretário de Administração, Fábio de Lucca e o diretor do Departamento de Cultura, Anselmo Oliveira. A obra conta a história da construção, destruição por enchentes e guerra, tombamento pelo patrimônio histórico e restauração da ponte.
Entre pesquisa de documentos, entrevistas e a elaboração dos textos, o trabalho consumiu cerca de um ano e dois meses e foi custeado exclusivamente pela autora. A obra narra a história da ponte inaugurada em 1920, para o escoamento da sagra de café até o porto de Santos – SP através da antiga linha ferroviária existente até hoje. A construção, instalada sobre o rio Paranapanema, tem características arquitetônicas que a tornam única. A literatura pode ser encontrada em bibliotecas municipais, de estabelecimentos de ensino e no acervo da UENP.
Segundo a autora, o livro é uma contrapartida pelo apoio dos prefeitos da região para o estabelecimento da UENP. “Quando surgiu a ideia de uma universidade aqui no Norte do Paraná, foi necessário o apoio de muitos prefeitos da região que pediram que fosse estudado o que era possível da região”, contou. “Eu optei por estudar a ponte pênsil, que é um patrimônio arquitetônico que não é conhecido por muitos”, explicou.
Para a escolha do tema, pesou a identificação com a região, em especial com o município de Ribeirão Claro, adotado como terra natal pela professora. “No livro me coloco como cidadã ribeirão-clarense, porém sou paulista da região de Presidente Prudente, mas estou aqui há mais de 30 anos”, justificou.
A pesquisa permitiu descobertas desconhecidas por grande parte das pessoas, inclusive moradores da região. “O nome correto é ponte Alves de Lima, porque homenageia Manoel Antônio Alves de Lima, antigo proprietário da Fazenda Monte Claro e principal idealizador da construção”, frisou. “Me dediquei, primeiro procurei o idealizador da ponte, depois fui observar o que aconteceu desde a inauguração da ponte até aqui e procurar a fidedignidade dessa história”, pontuou. “Quem construiu, quem financiou, analisei documentos da Câmara de Ribeirão Claro, da prefeitura e artigos produzidos por jornais e blogs da região”, disse.
A autora destacou o empenho realizado para que a ponte fosse restaurada após sofrer danos causados por enchentes, vandalismo e do tempo. “[No livro] consta o esforço de ex-prefeitos e do atual prefeito para a recuperação de tantas intempéries que a ponte passou”. “Foi um estudo profundo e o que foi possível eu constei no livro, atas de criação e algumas fotos que fazem parte da historiografia”, concluiu.
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