Dia dos Pais

No Decálogo ou na Lei de Deus, no quarto mandamento está escrito, “Honrar pai e mãe”. Isso quer dizer: respeitar, obedecer e dialogar com os pais.
Na segunda semana de agosto é comemorado o “Dia dos Pais”.
Àqueles que têm os seus pais em vida, Parabéns!
É uma benção, verdadeiro privilégio, uma dádiva, às vezes, pouco vivenciados, reconhecidos e respeitados pelos filhos. É o reflexo da atualidade e do mundo conturbado em que vivemos.
E, aqueles que não os têm, é o meu caso, propus dedicar o artigo a todos os pais de cada cantinho do mundo e que já partiram, muitos deles há tempo, outros mais recentemente.
Uma parte razoável dos filhos dedica uma fração de seu tempo, nesse dia do mês, para visitar o Campo Santo, onde está sepultado o seu ente querido.
É o mínimo a ser feito.
Necessariamente, levar flores e velas, não é o bastante. Alguns minutos de sintonia espiritual e reflexão, entre filho e pai, valem muito, se torna um consolo e conforto aos corações.
E, lá fui ao Cemitério nesse dia, tão especial, cumprindo um dever e não obrigação.
Fiz as visitas que tinham que ser feitas e no caminho fiquei surpreso com alguns jazigos pertencentes às famílias tradicionais da comunidade jacarezinhense, onde seus entes estão sepultados e praticamente abandonados.
Pensei... Cadê os filhos, os familiares? Têm justificativas para tal?
A intenção aqui não é polemizar ou ofender a quem quer que seja, longe disso.
Evidente, com a seca, as folhas das árvores caem em abundância e a sujeira aumenta. Outro fator é a coimetrofobia, medo de certas pessoas de cemitério. Outros não têm medo, mas não gostam do lugar.
Mas, não é questão da estação do ano, da fobia, ou de não gostar do lugar. Acima de tudo, a questão é de respeito por aqueles que tanto fizeram em vida em prol de seus familiares e merecem, no mínimo, um gesto de dignidade e consideração. O zelo, a conservação e a limpeza de cada jazigo é uma demonstração de sentimento e amor.
No trajeto, parei para conversar com duas senhoras muito queridas, conhecidas na cidade, que terminavam de limpar o túmulo da família; disseram-me que estavam preocupadas porque só elas que limpam e os familiares são muitos, mas ninguém quer saber desse compromisso. E, indagaram-me: quando nos formos, quem nos substituirá? Elas mesmas responderam em seguida: ninguém! Vai ficar como aquele ali, literalmente abandonado, de família tradicional e numerosa, hein?
Pensativo com a fala das duas, cumprimentei-as e continuei o meu percurso e aí passei a observar mais atentamente os jazigos e pasmem, têm muitos em estado de abandono. É lamentável, muito triste.
Para finalizar, nada melhor do que um versículo bíblico, para melhor refletirmos o que aprendemos, principalmente sobre o que é respeitar.
Em Provérbios 1:8 diz: “Ouça, meu filho, a instrução de seu pai e não despreze o ensino de sua mãe”.
Será mesmo que ouvimos a instrução e ensino dos nossos pais, enquanto vivos?

* Vicentinho é licenciado em Historia e Bel. em Direito.
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