* Vicente Estanislau Ribeiro
Há pessoas que no decorrer da nossa caminhada terrena, admiramos e, consequentemente, respeitamos. E, uma delas, vou retratá-la de maneira muito especial. Nascida em Barra do Piraí, Estado do Rio de Janeiro, aqui viveu por longos anos, até seus últimos dias. Adotou a cidade como sua fosse; seu coração era totalmente jacarezinhense. Constituiu uma primorosa família e, sobre ela, depositou todo seu tesouro e amor. Ficou viúva muito jovem e com determinação, atitude, retidão, e evidentemente com muita fé nos seus propósitos de vida e família, conseguiu vencer todas as etapas que o tempo nos impõe. Como esposa, mãe, avó e bisavó, a experiência adquirida a fizeram matriarca, tornando-a elegante, pacienciosa e digna mulher. Com firmeza e competência sucedeu seu esposo Paulo Pompéia Coutinho no Cartório do Registro Civil de Títulos e Documentos, quando de seu passamento em 02/04/1976. Serena, bem-educada, suave no falar, eram algumas de suas virtudes pessoais marcantes. Como servidora pública, a Oficial cartorária atendia a todos que lá chegavam, com presteza, educação e cordialidade. Não fazia distinção de classes sociais, todos eram tratados igualmente. Em suas mãos passaram quantas certidões de nascimento, casamento e óbito? Convivendo diariamente com a vida (nascimento), com a união (casamento) e com a morte (falecimento) a deixaram muito conhecida, respeitada e estimada na comunidade. No mês de outubro de 2008 passou por momentos difíceis em sua vida, que a abalou profundamente, quando perdera seu descendente Paulo Pompéia Coutinho Filho, um sentimento de dor e tristeza que ela carregava, e que somente uma mãe sabe o que é uma perda. Mesmo assim, jamais perdeu a ternura, a fé e a clareza das coisas. A família Coutinho por ela dirigida, tornou-se importante no desenvolvimento e destaque da cidade, atuando nos ramos de comércio de peças e equipamentos agrícolas, no agronegócio e recentemente no segmento de loteamento imobiliário, contribuindo com o empreendedorismo e riqueza do município. Infelizmente, domingo, dia 12 de julho, a comunidade entristeceu-se com a notícia de sua morte na Santa Casa local. Falecia a Sra. Anna Santiago Coutinho, conhecida por todos, como a “Dona Anna do Cartório”. Deixa cinco filhos: Maria de Fátima (61), Fabíola (59), Leonardo (58), Alexandre (55) e Paulo Filho (fal.); doze netos e cinco bisnetos; genros e noras. Justamente dois dias após sua morte, no dia 14 (terça-feira), foi o seu aniversário de nascimento, completaria 84 anos. Dona Anna nos deixou um legado de princípios a serem seguidos, num mundo em que as pessoas ultimamente andam tão confusas e carentes de valores éticos e morais. Como diz o poeta e orador inglês George Herbert: “A consciência do dever cumprido derrama na nossa alma uma doce alegria”. Dever cumprido, Dona Anna! Descanse na Paz e Misericórdia do Senhor! * Vicentinho é licenciado em Historia e Bel. em Direito.
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