COHAPAR não tem projeto de casas populares em Carlópolis



O sonho da casa própria para um casal de Carlópolis parece ter ficado mais distante nesta semana. Eles alegam que fizeram inscrição no Centro de Referência a Assistência Social (CRAS) para um programa que iria disponibilizaria 423 unidades habitacionais para os moradores.
“Levei toda a minha documentação até lá e entreguei várias coisas que me solicitaram”, enfatiza a mulher que não quis se identificar com medo de futuras represálias. Ela ainda destaca que atualmente mora com o marido e filhos numa casa de sua irmã, pagando apenas a água e luz. “Não temos dinheiro para alugar uma casa mais próxima da cidade. Ela tem nos ajudado e muito emprestando a sua casa para nós”, argumenta.
O casal mantinha esperança com a contemplação do sonho devido ao número de unidades e aos pré-requisitos informados. “Eles disseram que os beneficiados seriam as pessoas que não tinham nenhuma casa. E já faz anos que sempre que abre algum tipo de cadastro na Prefeitura eu estou lá entregando a documentação”, argumenta.
Em janeiro deste ano Carlópolis foram beneficiadas com 54 casas num trabalho conjunto entre Governos Federal e Estadual, além do município. O programa Minha Casa Minha Vida, que também conta com a participação da Caixa Econômica Federal. O empreendimento recebeu investimentos de quase R$ 1,8 milhão. O projeto era do então prefeito da época Carlos Andrade, o Carlinhos Policia.
COHAPAR
O gerente regional da COHAPAR em Cornélio Procópio Nilton de Sordi Junior, o Juba, explica que o local atende 41 cidades da região e que a entidade não está abrindo nenhuma inscrição em Carlópolis. “Caso isto esteja acontecendo é sem nosso conhecimento e não estamos solidarizando, compactuando e nem auxiliando”, argumenta Juba. Ele ainda destaca que através de determinação do Presidente Abelardo Lupion é feito um estudo técnico em cada município para ver a realidade necessária para a construção de casa.
A Assistente Social da COHAPAR Vânia Fioravante explica o funcionamento para a inscrição de casa. Ela ressalta que é feita uma ampla divulgação na cidade, um cadastro específico, inscrição gratuita, dados lançados automaticamente no banco de dados. “As pessoas que irão trabalhar no cadastramento realizam treinamento e utilizam o nome e CPF para lançar os dados. As pessoas que querem ser beneficiadas no programa tem que ir pessoalmente”, comenta.
Segundo a Assistente Administrativa Gislaine Padovani Seugling a Prefeitura de Carlópolis apresentou uma área de 145.200 metros quadrados para construção de casas populares. Mas durante a Emissão Provisória de Posse não evoluiu a situação. “Até dezembro não enviaram o restante da documentação, ou seja, até o momento sem intenções e projetos através desse programa”, complementa.
Através do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) existe uma área de 9.612 metros quadrados que está em análise técnica na Companhia de Habitação do Paraná. 

FONTE: ASSESSORIA

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