Todo
início de mês Antônio Carlos tem uma surpresa quando recebe a fatura da
telefonia fixa em sua casa. O valor não é o mesmo e a cada vez é cobrado um
serviço diferente. Muitas vezes ele precisa recorrer ao PRONCON após várias
tentativas de solução com a Operadora OI por telefone.
“É
uma vergonha. Pois vem algum ponto na fatura que não condiz com o que
contratei. Por alguns meses vieram um serviço de R$ 12,90 que nunca havia
ouvido falar. Depois de muitas reclamações e ligações eles cancelaram a
situação”, comenta Antônio Carlos.
A
diferença na fatura não é a única reclamação entre os usuários. Um consumidor
relatou que estava tendo problemas para acessar a internet e fazer sua
Pós-Graduação Online. “Estava perdendo os prazos para enviar as tarefas diárias
proposta na grade. Entrei em contato e eles pediam prazos que nunca eram
cumpridos. Entrei em contato com a ANATEL e logo depois tudo solucionado”,
explica.
Em
acesso ao site Reclama Aqui (http://www.reclameaqui.com.br/)
a reportagem encontrou vários casos de insatisfação com o serviço ofertado pela
OI Telefonia. Entre elas a de Alberto Bonardi de Jacarezinho que destaca que
nunca teve problema com as operadoras anteriores (Telepar e Brasil Telecom).
“As quitações de minhas faturas sempre se deram através de débito automático.
Portanto, elas foram pagas rigorosamente em dia”, assinala.
Ele
conta que em outubro de 2012 um atendente entrou em contato fazendo uma
proposta de migração de plano e com outros valores, o qual não despertou
interesse. “Minha surpresa é que a fatura passou a vir com um preço maior que
haviam proposto, sem tem pedido e sem o serviço. Fiquei mais de duas horas no
telefone e ela caiu sem nenhuma explicação. Tive que procurar o PROCON por
várias vezes para solucionar o problema”, argumenta.
O
serviço ofertado pela empresa também se torna atraente na propaganda e
complicada na execução. Um pequeno empresário que morava em Santo Antônio da
Platina recebeu a proposta de internet com 10mb, telefone e TV a Cabo pelo
valor de R$ 159,90 mensais. Após contratar o serviço e instalado os dois
últimos, eis que surge o imprevisto. “Eles falaram que não tinham porta para a
velocidade ofertada e que iriam instalar outra por momento. Isto durou mais de
dois anos até que cancelei tudo”, conta.
As
reclamações contra a empresa crescem diariamente. A ANATEL em fevereiro de 2014
oficializou uma penalização pelo descumprimento da Operadora num Termo de
Ajustamento de Conduta de 2004. A violação estava em discussão há algum tempo:
originalmente estipulada em R$ 252,34 milhões.
A
equipe de reportagem tentou contato para saber onde poderiam ser respondida
algumas questões através do telefone 10314, mas após longos minutos a ligação
caiu sem nenhum encaminhamento para o setor responsável para tirar as dúvidas.
Alternativas
No
final do mês de março, a Câmara Municipal de Jacarezinho enviou um ofício para
a empresa SERCOMTEL sobre a possibilidade de começar a operar naquele
município. O presidente da
telefonia, Christian Schneider, lembrou que a empresa já havia manifestado
interesse na prestação de serviços de voz e internet em Jacarezinho no ano de
2011, mas não foi possível em virtude de questões sobre locação de
infraestrutura de posteamento com a Companhia Luz e Força Santa Cruz (CPFL), e
também da ausência de uma rede de transporte óptica própria.
"Mas no ano de 2015, deverá ser implementado
cabo óptico entre Londrina e Jacarezinho, possibilitando a prestação do serviço
de voz e dados neste município, com previsão de início no primeiro trimestre de
2016, condicionado à aprovação de recursos de investimentos a serem obtidos no
corrente ano", destacou Schneider na resposta enviada ao Legislativo.FONTE: Marcos Júnior especial para o Jornal Gazeta do Norte Pioneiro
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