Governo Federal “deve” mais de R$ 31 milhões ao Norte Pioneiro

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou na última semana que o Governo Federal tem mais de R$ 31 milhões em dívidas com 26 integrantes da Associação dos Municípios dos Norte Pioneiro (AMUNORPI). São recursos para obras e outros serviços, executados pelas prefeituras, e que dependem de repasses da união para sua conclusão ou andamento.
Contando os 399 municípios paranaenses o montante chega a R$ 973,2 milhões. Para o Presidente da Associação dos Municípios Paranaenses (AMP), prefeito de Nova Olímpia, Luiz Sorvos é uma situação complicada. "A maior parte é problema de caixa mesmo do governo federal. Outra parte é referente a problemas burocráticos como vistorias e medições, mas o que mais tem é atraso (de repasse) para obras".
No Norte Pioneiro a situação mais complicada é em relação à Jacarezinho. Segundo o levantamento o investimento federal parado na cidade, com aproximadamente 40 mil habitantes, é de R$ 5.846.410,18 (cinco milhões oitocentos e quarenta e seis mil quatrocentos e dez reais e dezoito centavos).
O prefeito Sérgio Eduardo de Faria, Dr. Sérgio, que é do “DEMOCRATAS” não acredita em perseguição política para esse valor. “A situação financeira do Governo Federal está complicada em todos os municípios. Mas precisamos de uma solução, pois são investimentos importantes que beneficiam diretamente nossa população”, argumenta.
A outra maior cidade da região em números populacionais tem um crédito bem menor a receber. Na lista divulgada pela Confederação Nacional dos Municípios a cidade de Santo Antônio da Platina está com R$ 1.939.975 (um milhão novecentos e trinta e nove mil novecentos e setenta e cinco reais).
O chefe de gabinete José Antônio acredita que uma grande parte deste recurso seja em relação à construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O novo local deverá ser construída na Avenida Rennó com uma área de 1.200 metros quadrados.
Dois prefeitos que foram consultados se assustaram com a dívida entre o Governo Federal e o município. “Sei que existe um valor grande a recebermos. Mas não imaginava que estava nesta situação. Precisamos nos unirmos e urgentemente de uma ação concreta para concluirmos estas obras”, argumenta um prefeito que não quis se identificar.
A AMP e a CNM estão em campanha para mostrar os prejuízos que a atual crise econômica causa aos municípios. De acordo com a CNM, a crise das prefeituras foi agravada em 2015 por fatores como as secas, inundações, reajustes nas tarifas de energia, apagões, o acúmulo de atribuições das prefeituras em relação ao Estado e à União e o atraso nos repasses federais.


 Marcos Júnior Especial para o Jornal Gazeta do Norte Pioneiro
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