O Projeto de Lei 06/2015 foi apenas apresentado na
Câmara Municipal de Carlópolis na noite desta terça-feira, 24, mas já causou
polêmica entre os vereadores e motoristas que acompanhavam a leitura na Sala de
Sessões João Luiz Claro. A Lei que regulamenta as diárias dos funcionários
municipais foi debatida sobre ao baixo valor e a diferença em alguns casos.
“Fiquei sabendo desta lei e vim verificar sobre a
diferença dos valores”, argumentou um motorista que preferiu não ser
identificado. No projeto são destacados pontos sobre horários para serem
concedidas os valores das diárias. Entre eles está: A diferença de uma viagem
de 24 horas para outras cidades com e sem pernoite, sendo uma diferença muito
grande de valores, mas sem justificativa de como seria verificada a situação.
Outro fator que gerou discussão sobre o Projeto de
Lei 06/2015 foi em relação aos valores para alguns cargos para viagens as
capitais. “É um absurdo o prefeito enviar desta maneira. Como que um motorista
irá pernoitar e fazer sua refeição em Curitiba com um valor de R$ 100 ou ainda
pior para Brasília com o valor de R$ 150. É inadmissível esta situação”,
argumenta Jorge Luis Damin.
Ele foi apoiado pelos motoristas que estiveram no
plenário da Câmara Municipal. “Queria ver o prefeito ir para a capital
(Curitiba) com este valor para dormir e comer”, argumentou um que estava no
plenário. No mesmo projeto é fixado o valor de R$ 500 para viagem do prefeito à
Brasília e R$ 430 para a capital paranaense.
A diária poderá ser concedida ao servidor que se
deslocar temporariamente da cidade no desempenho de suas atribuições para
realizar atividades relacionadas com ao cargo que exerce. No Projeto de Lei
também foi fixada o limite de quatro diárias para os servidores públicos
municipais, ficando fora deste artigo os motoristas da área de saúde e os que
necessitarem levar agremiações esportivas para outras cidades.
O prefeito Marcos Antônio David, o Pezão, enviou um
ofício solicitando que fosse entrado como regime de urgência. Segundo o
regimento interno, com a aprovação, o projeto passaria para cinco dias a
análise das comissões do Poder Legislativo (em prazo normal seriam dez dias).
Após esta situação o vereador Idenilson Bernardino
da Silva apresentou um requerimento para a quebra de interstício, o que
resultaria na votação do projeto em duas ocasiões na mesma noite. Os vereadores
Humberto Benedito Domingues, Aparecido Carlos de Camargo, Ivete Cuenca Machado,
Jorge Luis Damin, Luiz Eugênio Montagneir, Marcio Antônio Furlan e Rafaela
Carriel de Souza Machado votaram contra a situação.
“Não podemos votar este projeto sem questionar os
valores destas diárias. Pois existe uma diferença muito grande que precisa ser
corrigida. Como não podemos fazer emendas que onere os cofres públicos, iremos
entrar em contato com o Poder Executivo para termos uma solução para este caso”,
comenta o Presidente da Câmara Humberto Benedito Domingues.
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