Talvez a maior ambição de boa parte das famílias brasileiras seja sair do aluguel para pagar a prestação de uma casa própria. Em Wenceslau Braz, 57 famílias viram esse sonho se realizar na manhã desta quinta-feira (06) quando receberam as chaves de suas novas residências no Conjunto Habitacional Bela Vista II.
As casas foram financiadas através do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) numa parceria entre o governo estadual, por meio da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), governo federal, por meio do Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal, e prefeitura de Wenceslau Braz.
O gerente regional da Caixa Econômica Federal, Júlio César Goginski, aproveitou a oportunidade para, de antemão, esclarecer diversas dúvidas dos beneficiados. Primeiramente, ele explicou que as 57 famílias beneficiadas só conseguiram receber o financiamento, pois estavam com o “nome limpo”. “A Caixa fez a pesquisa de seus nomes e aprovou o crédito baseado nisso, afinal, usa-se o dinheiro do Fundo de Garantia para este empreendimento, e confiamos que vocês irão pagar em dia para que possamos continuar a construir mais casas a quem ainda precisa”, explicou.
Questões sobre aumento nas casas através de reformas e venda dos imóveis também foram abordadas por Goginski.
Primeiramente, em relação a reformas, ele comentou que todos os moradores estão livres para fazê-las, afinal, as casas são suas. No entanto o gerente de Caixa aconselhou que antes disso, seria importante conversar com os representantes do banco em Wenceslau Braz, visto que há um seguro dos imóveis e, portanto, algumas restrições em relação a reformas. “Se tiver alguma dúvida, conversa o gerente da Caixa, com os representantes da Cohapar no município, pois eles saberão repassar todos os procedimentos técnicos”, explanou Goginski.
Já quanto à venda dos imóveis, ele também aponta que é perfeitamente possível realizá-las. “Não é proibido, o financiamento é de vocês”, disse às famílias. Ainda assim, mais uma vez ele aconselhou a procurar a Caixa para realizar o negócio e não “fazer um contrato de gaveta”.
Além disso, ele também ressaltou que cada pessoa tem direito a fazer apenas um financiamento através do MCMV. “Dificilmente alguém vai achar prestações menores que estas, portanto, pense bem antes de vender as casas”, apontou.
Por fim, Goginski afirmou que quando assumiu o cargo recebeu uma missão da presidente Dilma Rousseff (PT), através do Ministério das Cidades que e “espalhar oMinha Casa Minha Vida para todas as regiões do Paraná.” Nos municípios de atuação da Caixa dos Campos Gerais, da qual Wenceslau faz parte, o gerente regional da Caixa diz que nos três anos de existência da subintendência foram construídas 30 mil moradias pelo MCMV com investimento de mais de R$ 1 bi.
O prefeito de Wenceslau Braz, Atahyde Ferreira dos Santos Junior (PSD), o Taidinho, disse que até o fim de seu mandato espera-se que tenha sido construídas aproximadamente 500 casas populares no município. “Isso é trabalho. Nós passamos dificuldades, mas lutamos até o fim para que o povo possa ter moradia”, afirmou o prefeito.
De acordo com Taidinho, até o momento, em seis anos de gestão, foram construídas 130 residências na zona rural e mais 160 na zona urbana de Wenceslau Braz. Além disso, mais 40 estão sendo feitas ma Vila Santa Madalena, cuja expectativa de entrega é para dezembro deste ano; e ainda estão em fase de projeto outras 120 casas para outras regiões do município.
Emocionada com a concretização do sonho, a beneficiada Joseana Malaquias mal conseguiu falar sobre a situação. Seu marido Isaías, por outro lado, explica que a família veio do sítio para morar na cidade e desde então pagava valores acima do que podiam em aluguel. “Continuamos pagando um valor todo mês, mas é bem menor e, além disso estamos pagando por uma casa que agora é nossa”, disse.
Quem também falou sobre a importância da nova residência foi o beneficiado Valdecir Aparecido Pereira que afirmou estar há 10 anos “na luta pela casa própria”. Para ele a nova residência trará mais qualidade de vida aos três filhos, um com seis, outro com três anos e um recém nascido. “A felicidade é muito grande. Meus filhos agora terão um bom lugar para crescer”.
Guilherme Capello - Jornal Folha EXTRA
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