Durante certo período, Policiais Civis do setor de Inteligência de Cambará, vinham recebendo informações anônimas, dizendo que presos estariam arquitetando uma grande rebelião na cadeia. O motim seria desencadeado em razão do presos exigirem várias regalias que vinham sendo negadas pelos Agentes de Cadeia do SEJU (Secretaria de justiça, Cidadania e Direitos Humanos).Eles, em parceria com Policiais Civis, responsáveis pelo setor de carceragem da Delegacia.
A carceragem comporta 24 presos, mas mantém cerca de 60 marginais.
Entre as exigências: "Durante banho de sol de detentas (cumprem pena em ala separada da ala masculina), elas deveriam ficar soltas nos corredores dos presos masculinos"; "Detentos deveriam ficar soltos nos corredores da cadeia, permitindo assim visualizar toda movimentação no prédio da Polícia" e "Melhora na alimentação" "Aumento do número de horas de banho de sol (atualmente tem seis horas, uma hora além do que é de direito)".
Assim, logo no início da manhã desta terça-feira, dia 18, dois presos, Vagner Batista, vulgo "Vagnão", (preso por tráfico) e Luis Antônio Marques, apelidado de "Negão", avisaram que a cadeia já estava dominada e se os benefícios não fossem concedidos reféns teriam a garganta cortada.
Em virtude dessa ameaça, o delegado Richard Alain Lolli , já sabendo da possível rebelião, acionou a ROTAM(Ronda Tático Motorizada) e em parceria com Guarda Municipal e Policiais Civis, em menos de 30 minutos entraram na cadeia que estava prestes a se rebelar, e de forma operacional, sem disparo de balas de borrachas, conseguiram debelar o grande motim que estava iniciando-se.
Com isso, foram cortados provisoriamente banho de sol durante a semana, retirado televisões, os dois mentores postos em celas separadas para não prejudicar a ressocialização dos demais presos, e, remissões (horas para diminuir a pena) até o momento suspensas, aguardando melhor comportamento dos detentos.
O delegado salienta também que já pleiteou remoção ao sistema prisional dos dois presos, e, que mais remoções irão sair a qualquer momento caso os presos não se adequem ao bom comportamento exigido pela lei.
O delegado agradeceu a população de Cambará que mais uma vez denunciou e ajudou a Segurança Pública da cidade. Foram localizados e apreendidos celulares, mas não havia estoques, drogas ou armas.
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