Eleições na Câmara de Cambará movimentam bastidores da politica local

Está marcado para a segunda quinzena de dezembro deste ano a eleição que vai definir a nova mesa diretiva (presidente, vice-presidente e secretário) da Câmara Municipal de Vereadores de Cambará para o biênio 2015/2016. Os cargos são ocupados atualmente pelos vereadores João Tinelli (PSDB), Rogério Frutuoso (PSL) e Renato Rodrigues (PSB), presidente, vice e secretário respectivamente.

Com o momento da eleição na espreita, os nobres edis já se mobilizam para angariar apoio que garanta o sucesso no pleito.

Com a instabilidade política que se instaurou no município desde que ficou evidente uma rachadura profunda envolvendo o grupo governista que venceu as eleições em outubro de 2012, envolvendo prefeito e vice dá o tom na disputa. O tempero apimentado neste cenário, conta ainda com o time que faz oposição ao quadro político no parlamento atual, tendo o ex-prefeito José Salim Haggi Neto, que não se mistura, assim como água e óleo com os outros dois grupos, cria ainda um clima de completa incerteza no assunto e acirra ainda mais a disputa. Hoje o cenário na câmara é de três vereadores para cada lado. Se por um lado a disputa interna na câmara desperta curiosidade sobre como será formada a chapa vencedora, que em tese representará qual time tem mais força política na cidade, vale destacar que o pleito, só se definirá com uma boa articulação entre as bases, o que favorece a democracia, pois os grupos terão que se unir para definir o futuro político no legislativo cambaraense.

O atual presidente da casa, João Tinelli (PSDB), havia afirmado meses após assumir a atual gestão, que não estaria na disputa deste ano por acreditar na importância da renovação da presidência da Câmara. Recentemente, Tinelli afirmou que só retornaria a disputa pela cadeira majoritária se houvesse consenso de seus pares da casa, o que é pouco provável, tendo em vista que existem muitos pretendentes dispostos a fazer o que for necessário para assumir o posto de presidente.

Dentro do grupo da ala pró Luis Dias (PSDB) vice-prefeito da cidade, por exemplo, os vereadores Walcir Joaquim (PSDB) e Rogério Frutuoso (PSL) já se manifestaram publicamente que almejam a vaga de Tinelli. O grupo da base governista liderado pelo vereador Renato Rodrigues (PSB) tendo Marcio Albertini (PR) e Claudinei Tironi - Tuta (PT) no time, também deve lançar candidatura. Até porque, o governo local depende de uma definição favorável para aquietar os ânimos na política e os rumores, cada vez mais crescente na cidade, de que haverá mudança radical no ano que vem, inclusive, jogar por terras os zunzunzuns de que haverá cassação ou até mesmo renuncia do executivo. A propósito, esta tem sido uma das dores de cabeça do atual gestor que tenta impor ritmo de governo, porém esbarra nos constantes boatos de que estaria jogando a toalha.  

Raffaello Frascati (PMDB) líder da oposição no Parlamento, tendo os vereadores Cidinho Enfermeiro (PMDB) e Rogério de Lima (Solidariedade) afirmou que o grupo ainda não se definiu se lançará candidatura, mas não descartou a possibilidade. Por telefone, disse que diante do cenário atual, somente uma aliança poderá definir a questão. Raffaello afirmou que o grupo está mais interessado em discutir as questões envolvendo a fiscalização dos gastos públicos e o direcionamento correto das verbas destinadas ao município, visando o melhor atendimento a população, especialmente, a mais carente.

No tocante da conversa, tudo corre a segredo de Estado, ninguém ousa vir a público explicar o que realmente acontecerá em 22 de dezembro, dia ‘D’ que definirá o desfecho desta história.

Caso se confirme, o que está cada dia mais evidente, de que o racha entre prefeito e vice é mais sério do que se imagina, tudo leva a crer que a definição da mesa diretiva da Câmara para os próximos dois anos, pode estar nas mãos do grupo de oposição.

Ao povo, resta esperar que o novo presidente seja um bom mediador, alguém com espírito e senso de liderança comum, que trabalhe em prol do bom andamento das atividades atribuidas à Casa de Leis municipal e que, acima de tudo, consiga alinhar as forças políticas local, para o bem da coletividade, nunca para os interesses particulares e ou, de grupos políticos. 

FONTE: Roberto Francisquini

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