Agricultores de Santa Eumância participam de processo para criação de RPPN



Proprietários de 33 terrenos do Crédito Fundiário (antigo Banco da Terra) Santa Eumância, em Ribeirão Claro se reuniram para tratar da criação de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). O chefe do Departamento de Fiscalização/DFA, Marcos Antônio Pinto, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) de Curitiba, esteve com os produtores para explicar o projeto e responder dúvidas. O encontro aconteceu no Salão Nobre da prefeitura na última sexta-feira (5), às 9h. A iniciativa é resultado da parceria firmada pelo prefeito Geraldo Maurício Araújo (PV), entre a prefeitura e Emater.
A reunião contou com a participação da secretária de Turismo, Meio Ambiente, Esportes e Lazer, Edilaine Cavalhiéri Faganelli e da responsável pelo escritório da Emater em Ribeirão Claro, Denise Lutgens Rizzo. Além de explicar o processo para a criação da reserva, foram definidos os próximos passos para a conclusão do projeto. A etapa seguinte é colher as assinaturas dos 33 proprietários da área do Crédito Fundiário, bem como toda a documentação necessária.
Segundo Marcos, a RPPN é uma unidade de conservação de caráter particular, especialmente protegida, que por ato voluntário de seu proprietário e devidamente reconhecida pelo Poder Público (IBAMA ou OEMAS), promove no todo ou em parte do imóvel ações de relevante importância para a conservação da biodiversidade. “A caracterização pode ser por seus atributos naturais, entre os quais podemos destacar aspectos paisagísticos, cênicos e de rara beleza, área que abrigue espécies da fauna ou flora raras e ameaçadas de extinção, ou ainda locais que justifiquem a recuperação devido a sua grande importância para aquele ecossistema e ou região”, explicou.
Após reunir toda a documentação, o local passará por uma vistoria do IAP, para verificar se os requisitos estão sendo cumpridos. “A RPPN exerce função importante na formação de corredores ecológicos e zonas de amortecimento (entrono de outras categorias de manejo), contribuindo assim para a conservação da biodiversidade”, explicou. “Após o processo de investigação técnica realizado pelo IAP, a propriedade no seu todo ou em parte será reconhecida pelo poder público como RPPN, a área deverá ser averbada pelo proprietário a margem de sua matrícula no Cartório de Registro Imobiliário em caráter perpétuo e sob ato voluntário”, completou.
Entre as atividades que poderão ser desenvolvidas dentro da RPPN estão a educação ambiental, pesquisa científica e o ecoturismo. “São atividades que bem-vindas e grandes aliadas à conservação e manutenção da área, desde que realizadas de forma responsável”, elencou. “A área reconhecida como RPPN será declarada isenta de ITR, pelo órgão competente e o município que incidir sob o seu território áreas reconhecidas como RPPN, receberão o benefício da Lei do ICMS Ecológico, cabendo a este Município apoiar ações de conservação da área”, finalizou.
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