Ao menos três empresas foram flagradas na tarde de ontem (6)
cometendo crime ambiental em uma área particular reservada para ser um
loteamento em Santo Antônio da Platina. Conforme um dos motoristas abordado
pela polícia na ação, o material vinha sendo depositado no espaço a pedido do
proprietário para nivelar o terreno do empreendimento imobiliário. O local foi
embargado Polícia Ambiental.
Em menos de uma hora, policiais do 4º Pelotão da Polícia
Ambiental, notificaram três empresas por graves danos ambientais causados na
área, que também fica à margem de um ribeirão que corta aquela região, onde até
bem pouco tempo eram constantes os registros de alagamento pelo entupimento de
manilhas. A área é formada por um terreno com pouco mais de oito mil metros
quadrados, localizado aos fundos do Centro de Convivência do Idoso, na avenida
José Palma Rennó.
Amianto, plástico, pneus, latas, gesso, resíduos de tinta,
graxa, lâmpadas, madeira e até lixo doméstico forram flagrados em meio às
inúmeras cargas de entulhos já espalhadas no local. Somente um dos caminhões
notificados, segundo apurou os policiais, descarregava cerca de 60 caçambas por
mês no terreno há pelo menos um ano, o que estava causando o aterramento do
leito do canal.
De acordo com a Polícia Ambiental, mesmo se tratando de área
particular, é proibido por lei despejar entulho sem o devido tratamento
(triturar) e uma autorização do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). “Não é
pelo fato do local ser particular que o dono pode agir como quiser. Em primeiro
lugar está a conscientização, depois vem às questões legais. Fica claro e
evidente que aqui não existe nem uma coisa nem outra”, explicou o soldado Iran
de Siqueira.
Segundo o policial, enquanto ele explicava ao proprietário do terreno, identificado como Walter Campos do Amaral Rennó sobre as irregularidades encontradas no local e quanto às medidas tomadas pela Polícia Ambiental, o empresário ignorou o serviço da equipe e ainda tentou intimidá-los.
Segundo o policial, enquanto ele explicava ao proprietário do terreno, identificado como Walter Campos do Amaral Rennó sobre as irregularidades encontradas no local e quanto às medidas tomadas pela Polícia Ambiental, o empresário ignorou o serviço da equipe e ainda tentou intimidá-los.
“Primeiro ele (Walter Rennó) apresentou um documento que teria
firmado com a prefeitura, que não tem nenhum valor jurídico, e tentou
justificar a situação alegando estar ‘prestando um serviço ao município’ ao
ceder o local para a prefeitura depositar o entulho, pois segundo alega, não
existe um local apropriado na cidade. Depois, incomodado com a presença da
equipe ainda tentou nos intimidar anotando o nome de cada um dos policiais,
dando a entender que faria alguns contatos políticos, conforme chegou a
insinuar, para informar-lhes do ocorrido. O nosso trabalho é fiscalizar,
independente de quem se trata. A lei é para todos”, disse o soldado Siqueira.
O local foi embargado pela polícia conforme orientação do
Ministério Público e o proprietário do terreno e os motoristas das empresas
notificados por depositar lixo e resíduo sólido a céu aberto e em Área de
Preservação Permanente (APP). Os envolvidos poderão responder criminalmente por
dano ambiental, além do pagamento de multa estipulada pelo Instituto Ambiental
do Paraná (IAP).
FONTE: Marco Martins e Luiz Guilherme Brandani
FOTO: Antonio Picolli
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