Maurício distribui 20 toneladas de adubo para pequenos cafeicultores



A Secretaria de Agricultura da prefeitura de Ribeirão Claro iniciou a distribuição de mais de 20 toneladas de sulfato de amônia. O adubo está sendo repassado para cerca de 40 agricultores familiares que cultivem café em propriedades com área total de até três alqueires. O adubo estava estocado há 16 anos, desde o fracasso da Reforma Agrária Cabocla, promovida pelo executivo municipal em 1998. A liberação e distribuição do insumo foram autorizadas pelo prefeito Geraldo Maurício Araújo (PV), através da lei municipal número 1.042/14 e do decreto 197/14, aprovados pela Câmara Municipal.
Desde o fim da tentativa de reforma agrária, o adubo foi estocado em barracões e o aluguel era pago pela prefeitura. Durante a atual administração, o insumo agrícola foi transferido para um prédio administrado pelo município, até a conclusão dos trâmites legais para a liberação do sulfato de amônia para distribuição a produtores rurais. Para receber o adubo, o produtor tem que se enquadrar dentro da agricultura familiar, cultivar café, apresentar certidão de matrícula comprovando que sua propriedade tem até três alqueires.
A Reforma Agrária Cabocla distribuiu em média 17 mil pés de café para cada agricultor, explorados em uma propriedade privada, cedida por cinco anos. Após o fim do período, os participantes deveriam devolver a área ao dono ou firmar uma parceria. O programa recebeu uma verba de R$ 140 mil do deputado federal Reinhold Stephanes, mas o resultado foi negativo e acarretou em um grande prejuízo para a prefeitura, obrigada a arcar com os custos de aluguel para armazenar o adubo durante mais de uma década.
Segundo o secretário de Agricultura, Benício Mareca, a intenção do prefeito Maurício era distribuir o insumo no início de seu primeiro mandato, porém, entraves legais dificultaram o processo. “Pelo prefeito Maurício, esse adubo já teria sido entregue há muito tempo, mas enfrentamos uma enorme burocracia para liberar o material”, revelou.
O prefeito Maurício comemorou o início da distribuição do adubo depois de superado um grande entrave burocrático. “A Reforma Agrária Cabocla foi um projeto faraônico que deu um enorme prejuízo para o município”, lembra. “O adubo está indo para pequenos produtores, em sua maioria assentados em projetos do Banco da Terra”, finalizou.

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