Policiais militares do 2º Batalhão
tiveram nesta 3ª feira (24), uma palestra ministrada por um oficial da
Esquadrilha da Fumaça da Força Aérea Brasileira, tendo como foco temático o
trabalho em equipe e as atividades desenvolvidas pelo Esquadrão de Demonstração
Aérea (EDA). O evento aconteceu no auditório da FAFIJA, em Jacarezinho.
Em suas explanações, o Capitão Garcia
falou sobre grupo e equipe, e seus respectivos conceitos e objetivos. Enfatizou
que enquanto o grupo busca apenas seus objetivos comuns sem qualquer
comprometimento ou vínculo, a equipe visa também compartilhar as metas,
estratégias, sentimentos e experiências.
A denominação trabalho em equipe surgiu
após a Primeira Guerra Mundial, e é um método muitas vezes usado no âmbito militar
como um sistema para o desempenho da missão, e possibilita a troca de
conhecimento e agilidade no cumprimento de metas e objetivos compartilhados,
uma vez que otimiza o tempo de cada pessoa e ainda contribui para conhecer
outros indivíduos e aprender novos métodos.
O comandante do 2º BPM, Ten.-Cel.
Antônio Carlos de Morais, enfatizou a importância do evento para a vida e
carreira do policial militar, principalmente a busca incessante dos requisitos
que leva o policial militar a realizar suas atividades sob uma perspectiva
ampla e contextualizada, a fim de desempenhar com maior profissionalismo sua
missão. “Para nós do 2º BPM, esta palestra foi de grande importância, tendo em
vista que nossos policiais, assim como os pilotos da Esquadrilha da Fumaça, no
desempenho da atividade operacional também são responsáveis pelas vidas de seus
companheiros, sendo que a busca da excelência e precisão das ações
desencadeadas são nossas metas constantes”, comentou.
Histórico
do EDA
A Esquadrilha da Fumaça originou-se pela iniciativa de jovens
instrutores de voo da antiga Escola de Aeronáutica, sediada na cidade do Rio de
Janeiro. Em suas horas de folga, os pilotos treinavam acrobacias em grupo, com
o intuito de incentivar os cadetes a confiarem em suas aptidões e na segurança
das aeronaves utilizadas na instrução, motivando-os para a pilotagem militar.
Em 14 de maio de 1952, foi realizada a primeira demonstração oficial do
grupo. Após algumas apresentações, percebeu-se a necessidade de proporcionar ao
público uma melhor visualização das manobras executadas. Com isso, em 1953,
acrescentou-se aos NA T-6, um tanque de óleo exclusivo para a produção de
fumaça. Foi assim que os cadetes e o público, carinhosamente, batizaram a
equipe de Esquadrilha da Fumaça. A primeira escrita foi a sigla FAB, nos
céus da praia de Copacabana.
Em 1955, a Esquadrilha passou a ter cinco aviões de uso exclusivo, com
distintivo e pintura próprios. Diante do elevado número de pedidos de
demonstração, dava-se, então, o início da função de Relações Públicas da
Esquadrilha, aumentando cada vez mais o número de cidades que passavam a
conhecer a FAB por seu intermédio. Assim, a Esquadrilha da Fumaça foi aumentando
o número de manobras e se popularizando cada vez mais no Brasil e no exterior,
até que em 1963 foi transformada na Unidade Oficial de Demonstrações
Acrobáticas da Força Aérea Brasileira, única no mundo a se apresentar com
aviões convencionais, até 1969.
Alguns anos mais tarde, já na Academia da Força Aérea (AFA), em
Pirassununga/SP, o seu Comandante incentivou a reativação da Fumaça. Após
selecionar alguns instrutores, que passaram a treinar com os T-25 Universal que
equipavam o Esquadrão de Instrução Aérea, colocou no ar o Cometa Branco, o qual
incorporou os procedimentos de segurança e a doutrina da antiga Fumaça.
A 10 de julho de 1980, aconteceu a primeira demonstração daquele grupo
de instrutores, durante a cerimônia de entrega de Espadins aos Cadetes que,
naquele ano, haviam ingressado na AFA. Após 55 demonstrações, os
"Tangões" passaram a incorporar a famosa fumaça e, em 21 de outubro
de 1982, era criado o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA),
que, gentilmente, o público não deixou de chamar de Esquadrilha da Fumaça.
Em 8 de dezembro de 1983, foram adquiridos os EMB-312 Tucano da
Embraer, aeronave utilizada até Março de 2013.Com o tempo, as aeronaves e as
acrobacias mudaram. Embora com uma estrutura bastante diferenciada do início, a
essência da Esquadrilha mantém preservado o espírito de arrojo e determinação
do grupo, procurando resguardar, hoje, os princípios que lhe deram sustentação
ao longo da sua existência.
Diante do reconhecimento nacional e internacional, concretizou-se como
instrumento de difusão da política de Comunicação Social do Comando da
Aeronáutica, atingindo um lugar de destaque nos principais meios de comunicação
dos países por onde passa.
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