Os
vereadores de Conselheiro Mairinck, no interior do Paraná, decidiram, por
unanimidade, manter o cargo do prefeito Luíz Carlos Sanches Buen , conhecido
como Carlinhos. A sessão que analisou o relatório apresentado pela Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) pedindo a cassação do prefeito foi realizada na
manhã desta terça-feira (13).
O
relatório, finalizado na noite de segunda-feira, 12, acusava o prefeito de
desvio de dinheiro público, ao supostamente superfaturar uma licitação de
combustíveis, tendo a anuência do ex-secretário de finanças, Almir Salviato –
arrendatário dos postos de combustível vencedores da concorrência. De acordo
com o relator da CPI, vereador Doneli Said Capote, o desvio teria ocorrido do
início de 2013 até meados do mesmo ano.
“O
resultado foi o que prevíamos. Diante da comprovação de tantos fatos, estou
frustrado com o comportamento dos vereadores pela forma com que votaram o
caso”, diz Capote. O relator conta que o relatório será encaminhado às polícias
Estadual e Federal, aos tribunais de contas do Paraná e da União e também ao Ministério
Público. “Torço para que, nesses órgãos, se faça a justiça que não foi feita na
Câmara”, acrescenta o vereador.
O
prefeito Carlinhos disse, à reportagem da Gazeta do Povo, que estava confiante
sobre o desfecho da votação da manhã, mas não quis comentar o caso. Ele também
não se pronunciou sobre o andamento da ação civil pública, apresentada pela
promotoria de Ibaiti, que trata do tema.
Na
Justiça
Uma
ação civil pública contra o prefeito Carlinhos e mais dois acusados de suposto
desvio de dinheiro público no superfaturamento da licitação dos combustíveis
tramita em 1ª instância desde meados do ano passado na comarca de Ibaiti.
O
promotor Ivan Barbosa Mendes, que apresentou a ação, conta que a fase de
contestação já foi realizada e que aguarda o agendamento das audiências de
instrução e julgamento do processo. “O fato da CPI não ter acolhido o relatório
em nada interfere no prosseguimento da ação judicial. A votação foi um
julgamento político, na nossa esfera ele será jurídico”, explica o promotor.
Caso
seja condenado pela Justiça, o prefeito pode perder o mandato, receber multa ou
ter seus bens bloqueados, entre outras sentenças.
FONTE:
Sharon Abdalla – Jornal Gazeta do Povo
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