As
escolas indígenas do Paraná são o ponto de referência para manter viva a
história e os costumes dos povos guarani e caingangue. As portas das escolas
ficam abertas para os mais velhos ensinarem os jovens sobre o passado das
tribos por meio de contação de histórias, artesanato, teatro, música, dança,
preservação do meio ambiente e outras atividades pedagógicas.
Os
técnicos dos Núcleos Regionais da Educação dão suporte pedagógico aos
professores. “Além de resgatar e preservar a cultura indígena, esses projetos
fortalecem o vínculo entre a escola e comunidade”, diz o coordenador da
Educação Indígena na Secretaria de Estado da Educação, Dirceu José de
Paula.
Na
Escola Estadual Indígena Yva Porã (terra boa ou bonita, em tradução livre), no
território indígena Pinhalzinho, em Tomazina, a proposta é manter vivo o
dialeto nhandeva, uma variação do Guarani. Para isso são realizadas várias
atividades interdisciplinares com os alunos.
“Criamos
projetos para levar os alunos em aulas de campo, conhecer os marcos da aldeia
para aprenderem sobre o período da demarcação, mas principalmente ter acesso à
experiência dos mais velhos por causa do idioma. A língua é tudo para um povo,
é sua identidade”, explicou o diretor Jefferson Gabriel Domingues.
Uma
vez por mês os professores das escolas indígenas do Paraná participam de
encontros promovidos pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
(Pnaic) e do Programa de Ação de Formação Saberes Indígenas na Escola. Durante
esses encontros os profissionais discutem e planejam as atividades que serão
aplicadas em suas escolas.
FONTE: Agência Estadual de Notícias
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