Mulher desaparece depois de atropelar mototaxista no parque de exposições

O mototaxista Nelson Camilo dos Santos, 46, tenta por conta própria identificar a motorista do veículo que o atropelou no início da madrugada de domingo (30), no parque de exposições Alício Dias do Reis, durante a realização da 42ª Exposição Feira Agropecuária e Industrial do Norte Pioneiro (Efapi). A Polícia Militar esteve no local do acidente, mas o boletim de ocorrência ainda não foi registrado pela equipe que atendeu o acidente, o que dificulta descobrir a identidade da motorista. 
Santos conta que no dia do acidente, por volta das 0h30, havia deixado um passageiro no recinto da feira e quando retornava para a cidade com outro cliente acabou atingido pelo veículo desgovernado e não identificado por ele. Na colisão, o passageiro teria sido arremessado no asfalto e o mototaxista foi arrastado pelo veículo, que só parou depois que o marido da condutora freou e desligou o automóvel.
Segundo a vítima, o marido da motorista teria revelado logo após o acidente, diante de testemunhas, que a esposa não dirigia havia muito tempo, e que naquela noite teria assumido a direção do veículo por conta das fiscalizações da operação Lei Seca realizada pela Polícia Militar durante a exposição. No entanto, apesar de ter reconhecido a culpa da esposa no acidente, o homem justificou dizendo que a companheira teria se desesperado após a colisão e que teria confundido os pedais, acelerando o carro em vez de frear.
O mototaxista foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado em estado grave ao Pronto Socorro Municipal. O exame de raio-x apontou três fraturas no braço esquerdo e duas no braço direito da vítima, que passará por cirurgia na quinta-feira (3), no Hospital Regional do Norte Pioneiro.
No PS o mototaxista foi orientado pelos policiais militares que atenderam a ocorrência quanto aos procedimentos para dar entrada no seguro Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (Dpvat), bem como para a elaboração do boletim de ocorrência (B.O) do acidente. No entanto, os policias não informaram à vítima a identidade da condutora do veículo, que teria procurado informações sobre o estado de saúde do mototaxista na manhã de domingo e depois, segundo os familiares, desaparecido sem oferecer se quer qualquer tipo de ajuda ao trabalhador. 
“Tenho um filho de cinco anos para criar e não tenho outra renda. Dependo da ajuda desta motorista para arcar com as despesas materiais e as pessoais durante o período da minha recuperação. Já estou gastando com medicamentos e exames e não tenho como bancar estas despesas. Infelizmente não tenho se quer o nome da mulher que dirigia o veículo. Espero que a polícia tenha feito o boletim de ocorrência e o teste do bafômetro nela”, cobrou o mototaxista.
Até 10 dias 
A Polícia Militar informou que o boletim de ocorrência ainda não foi registrado pela equipe que atendeu o acidente e que o prazo para a formalização do documento é de dez dias, mesmo se tratando de um acidente de trânsito com vítima. A PM informou ainda que os nomes dos envolvidos ainda não foram lançados no sistema, o que impede a divulgação da identidade da condutora do veículo.
Quanto ao teste do bafômetro na motorista a polícia não soube informar se foi realizado alegando que somente a equipe responsável pela ocorrência – que estava de folga ontem, 31, - poderia confirmar a informação. 


FONTE: Luiz Guilherme Brandani
FOTO: Antônio de Picolli
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