Cisnorpi está com 17 funcionários a menos



Entre afastamentos e demissões, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Norte Pioneiro (Cisnorpi), com sede em Jacarezinho, está trabalhando com 17 funcionários a menos. Dez foram afastados pelo Ministério Público por tempo indeterminado e sete foram demitidos depois da posse do presidente em exercício, o prefeito de Quatiguá, Luís Fernando Dolenz (PSDB) e do secretário executivo, Edmar Alboneti (PP), que além de prefeito de Barra do Jacaré também é o presidente da Associação dos Municípios do Norte Pioneiro (Amunorpi).
Os cargos que foram atingidos por afastamentos e demissões são o de presidente, diretores administrativo, financeiro, e executivo, contador, e responsáveis pelo departamento de licitação e pelos agendamentos.
Para o atual presidente, embora a situação ainda seja tensa no órgão, a tendência é normalizar o atendimento e o principal: colocar as contas em dia. “Como eu era vice-presidente, com o afastamento do presidente João Mattar, prefeito de Cambará, tive que assumir o Cisnorpi automaticamente. Para enfrentar a situação, estou contando com a ajuda do prefeito de Barra do Jacaré, o Edão, que assumiu a diretoria executiva, e também a função de secretário. Dessa forma, estamos ocupando os cargos de maior responsabilidade, para que tudo passe pelas nossas mãos. Também fizemos alguns remanejamentos e trouxemos para perto de nós, funcionários de nossa confiança. O que realmente está faltando agora é um contador. Vamos pedir ao promotor público que libere a contratação de um, mesmo que seja em caráter provisório”, disse.
Dolenz também disse que além de regularizar o atendimento do Cisnorpi, é preciso se empenhar para dar mais serventia ao Hospital Regional do Norte Pioneiro. “Os salários dos médicos ainda estão com atraso de um mês, mas eles estão compreendendo a situação e nos dando um voto de confiança. Também conseguimos pagar boa parte dos fornecedores”, disse.
De acordo com o presidente, os serviços ainda prejudicados pela falta de pagamentosão os de laboratórios. “Os principais laboratórios que atendiam pelo Cisnorpi, pararam de realizar os exames e isso refletiu diretamente nos pacientes. Acredito que amanhã também esse setor estará regularizado”, afirmou Fernando Dolenz, explicando que o Cisnorpi recebe verbas do governo Estadual e também dos municípios. “Cada município tem que repassar R$ 1,00 por habitante. Desse total, 60% vai para o Cisnorpi e 40% para o Hospital Regional”, disse. Porém, segundo ele, receber dos municípios é outra etapa para colocar as contas em dia. “Alguns municípios pagam mensalmente, outros estão atrasados e outros ainda, precisam renegociar a dívida”, disse.
Hoje, entre o HR e o Cisnorpi trabalham 150 pessoas.

FONTE: Gladys Santoro – Jornal Tribuna do Vale

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