Câmara prepara defesa para derrubar liminar que mantém prefeito no cargo



A Câmara Municipal de Quatiguá tem até a amanhã, 24, para entregar à juíza Fabiana Cristina Ferrari, a defesa dos vereadores que votaram favoráveis ao afastamento do prefeito Luís Fernando Dolenz (PSDB), que se mantém no cargo por conta de uma liminar concedida pela magistrada, no dia 11 deste mês. O mandado de segurança também suspendeu a posse da vice-prefeita Vilma Negrini, que acumula a função de Secretária Municipal da Educação.
Segundo o presidente da Câmara, Chrystian Reis Galvão Coser, os vereadores ainda querem manter a Comissão Parlamentar de Inquérito, que foi aprovada por unanimidade para apurar supostas irregularidades nos repasses de verbas ao Hospital São Vicente de Paulo. Os vereadores acusam o prefeito de desviar parte da subvenção com apoio de sua filha, IzabelaDolenz, nutricionista e ex-diretora do Hospital.
“Nesse momento, o prefeito continua em sua função e a vice também. Eles conseguiram uma liminar com duração de 10 dias. Por causa do feriado prolongado, esse prazo acabou se estendendo, mas termina na quinta-feira. Estamos elaborando a defesa de nossa posição e também não queremos que o prefeito consiga derrubar a CPI. Ela foi aprovada por unanimidade e na nossa opinião, tem que continuar as investigações”, disse.
Para o presidente da Câmara, o afastamento de Dolenz temporariamente seria para evitar que ele interferisse nos levantamentos que estavam sendo feitos sobre o repasse e que intimidasse os funcionários envolvidos.
Para o prefeito Fernando Dolenz, todo o processo para seu afastamento foi irregular. “Para afastar um prefeito é preciso motivação, provas. Não é do jeito que a Câmara está fazendo, sem um motivo concreto. Em nenhum momento me deram direito de defesa. As pessoas nos acusam e nós ainda temos que correr atrás para provar a inocência”, desabafou.
Na luta pela manutenção do cargo, Dolenz não apenas conseguiu a liminar para suspenção temporária de seu afastamento, como também evitar a posse de sua vice, que já tinha dia e hora marcados. Em sua defesa, Dolenz também pede o fim da CPI.

FONTE: Gladys Santoro
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