A
nova Unidade de Terapia Intensiva neonatal do Hospital Regional do Norte
Pioneiro, em Santo
Antônio da Platina, mudou a realidade no tratamento de
crianças prematuras na região. Com oito leitos, a ala foi construída pela
Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com o Consórcio Intermunicipal do
Norte Pioneiro (Cisnorpi).
O
Hospital Regional do Norte Pioneiro é referência em atendimento para 22
municípios da 19ª regional da saúde, que tem cerca de 300 mil habitantes. Os
equipamentos da UTI - incubadoras, monitores, oxímetros de pulso, cadeiras de
acompanhante, cardioversor - estavam em outro hospital da região, que deixou de
oferecer o serviço por falta de profissionais, e foram transferidos para Santo
Antônio da Platina.
Para
o médico responsável pela UTI, Doutor Wesley do Moraes Pereira Junior, a nova
ala é de fundamental para região. “Assim que o paciente nasce, tem de imediato
o seu problema resolvido e não é necessário fazer encaminhamento para outros
hospitais”, disse.
Segundo
a enfermeira Diulli Hanny Sabião, que trabalha há oito anos no hospital e agora
ajuda a cuidar da UTI, o espaço melhorou em mais de 90% o atendimento às
crianças nascidas na região.
“Geralmente
as crianças eram encaminhadas para Londrina e os recém-nascidos demoravam algum
tempo para serem transferidos”, conta Diulli. “Para uma criança que não está
bem, algumas horas de transporte é muito tempo. Agora melhoramos em mais de 90%
o atendimento às gestantes de auto risco e seus filhos, resultando na queda da
taxa de óbitos”, completou.
Além
de ter que esperar pelo transporte, muitas famílias não tinham condições
financeiras de acompanhar seus filhos até outras cidades. A mãe Eliana Santana,
que tem o filho há quase um mês e meio na UTI, conta que seria difícil se
tivesse que seguir para outra região. “É muito importante podermos cuidar dos
nossos filhos aqui perto. Seria mais um problema termos que sair daqui para
outra cidade”, afirmou.
Para
a mãe Adriana de Fátima Balestra, com a UTI, a criança sente que esta em casa.
“As enfermeiras cuidam do meu filho como se fosse filho delas”, conta. “Se meu
filho tivesse em outra cidade, seria complicado porque eu não teria condições
de ficar no hospital. Aqui eles deixam a gente ficar no quarto o tempo todo,
além do carinho e da boa alimentação”.
O
Estado repassa R$ 255 mil por mês para o custeio do hospital por meio de
convênio com o Consórcio Intermunicipal do Norte Pioneiro. O hospital integra a
Rede Mãe Paranaense para atendimento de gestantes de risco da região. A unidade
tem 77 leitos clínicos e cirúrgicos e atende as especialidades de obstetrícia e
ortopedia.
FONTE: Agência de Notícias
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