A
Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) oferece atendimento
fisioterapeutico gratuito a 43 municípios do Norte do Estado. Atualmente são
atendidos aproximadamente 75 pacientes diários, o que representa cerca de 1.500
atendimentos por mês, gerando um fluxo anual de 18 mil pessoas. Esse número se
torna ainda maior ao se somar aos pacientes do Órtese e Prótese, projeto que é
resultado de uma parceria entre a Universidade e o Consórcio Público
Intermunicipal de Saúde do Norte Pioneiro (CISNORPI), que atende a 18ª e 19ª
Regionais de Saúde do Paraná.
O
serviço de qualidade ofertado à população, com atendimento modelo, vem sendo
reconhecido pela sociedade de Jacarezinho e região. A clínica de fisioterapia
Professor Alfredo Franco Ayub, pertencente ao Centro de Ciências da Saúde
(CCS), do Campus Jacarezinho, atende, atualmente, as áreas de ortopedia,
traumatologia, reumatologia, neurologia, neuropediatria e hidroterapia. Na clínica-escola,
os professores têm oportunidade de ensinar e corrigir procedimentos dos
estudantes da graduação.
O
professor Crysthyano Ferrarezi Rodrigues, diretor da Clínica, salienta que esse
trabalho possibilita aos alunos do estágio do 4º ano aprendizagem prática da
teoria ensinada em sala de aula. “A função do fisioterapeuta é de reabilitar, e
aqui aprendem de um jeito mais humanizado e igualitário”. Ele destaca ainda que
os alunos vivenciam o cotidiano de uma clínica de fisioterapia, realizando atendimento
público diferenciado e individualizado, em sessões com duração de 40 a 50 minutos, visando sempre ao bem-estar dos pacientes, com atenção,
carinho e respeito.
O
motorista Daniel de Oliveira Costa, 35 anos, morador de Jacarezinho, que, em 27
de janeiro de 2013, foi vítima de incêndio criminoso contra a circular que
dirigia na cidade, elogia o tratamento e a atenção recebidos na clínica. “O
atendimento aqui é excelente. Todos são muito atenciosos”. Daniel comenta que
seu quadro clínico evoluiu significativamente desde o início do tratamento em
junho do ano passado. “Tive queimaduras graves por todo o corpo. Perdas de
movimentos total (dos membros) inferiores e superiores. Fiquei internado quase
quatro meses, e, após esse período, iniciei o tratamento, e a evolução tem sido
bastante rápida, significativa”, comenta. Feliz pelo resultado alcançado nos
tratamentos, relata: “Cheguei aqui, não andava, não mexia com as mãos, mas
recuperei quase todos os movimentos”, diz, caminhando para mais um dia de tratamento.
Outro
paciente atendido na clínica é José Simão de Oliveira, 41, que sofreu acidente
de moto em junho do ano passado. Ele recebe tratamento do joelho fraturado
desde novembro de 2013. “O tratamento aqui é ótimo, não tem do que reclamar.
Posso até dizer que é melhor que particular. Por isso também a evolução está
muito boa”, elogia. Ele destaca que todos são atenciosos no atendimento que
recebe todas as segundas, quartas e sextas-feiras. “Aqui a atenção é dada desde
a recepção até o atendimento” finaliza.
A
clínica, acentua Crysthyano Rodrigues, é também uma forma de complementar ações
governamentais no sentido de oferecer saúde de qualidade para população.
“Além de buscarmos formar com qualidade e excelência nossos alunos para o
desenvolvimento de tarefas profissionais e específicas nesta área, com o nosso
trabalho, contribuímos para a melhoria e o desenvolvimento da qualidade de vida
em Jacarezinho e região, pautada no respeito, comprometimento, transparência e
responsabilidade social”.
Outro
serviço também ofertado à população, assim como aos alunos, professores e
funcionários da UENP, é o atendimento noturno, para aqueles que não têm
possibilidade de realizar tratamento no período da manhã e da tarde. Por noite,
são realizados cerca de 10 atendimentos, durante cinco dias úteis da semana.
Clínica
A
clínica iniciou suas atividades no ano de 2004, quando um fisioterapeuta era
responsável pelos atendimentos ao público. A partir de 2006, as atividades
passaram a ser relacionadas à grade curricular do curso de Fisioterapia da
então Faculdade de Educação Física e Fisioterapia de Jacarezinho (FAEFIJA), no
que se refere à prática de estágio obrigatório. Nesse período, a clínica
começou a operar com quatro estagiários por período e um fisioterapeuta
supervisionando as atividades. No ano de 2007, com a expansão em sua estrutura,
iniciou-se o atendimento no setor de hidroterapia, aumentando o número de
profissionais e acadêmicos e, consequentemente, os atendimentos realizados.
FONTE: Tiago Angelo
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