Setores municipais e agrícolas reúnem-se em prol da erradicação da murta

O Conselho de Sanidade Agropecuária de Cornélio Procópio (CSA-CP), o Sindicato dos Produtores Rurais de Cornélio Procópio (Sindirural), a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), Prefeitura Municipal de Cornélio Procópio e demais setores agrícolas e ambientais uniram-se em prol da erradicação da murta da área urbana e rural do município. A iniciativa de combater a planta foi divulgada no dia 4, durante coletiva na sede do Sindirural. A murta, popularmente conhecida como “dama da noite”, é uma árvore de odor atrativo e de intensa floração e serve como hospedeira da bactéria Huanglongbing (HBL), que é altamente destrutiva em árvores cítricas. O prefeito Frederico Alves, sancionou no ano passado a Lei que proíbe qualquer tipo de comercialização, plantio ou cultivo da planta hospedeira na cidade.
A Lei Municipal encontra-se de acordo com a existente no Estado do Paraná, que também coíbe o cultivo da árvore que agora terá que ser erradicada de todo o território procopense. “Temos que deixar claro que não vamos simplesmente cortar as árvores transmissoras da bactéria, estamos preparados para repor outra espécie de árvore nos locais onde as contaminadas forem retiradas”, revelou o prefeito Fred. Segundo o chefe do Departamento de Meio Ambiente, Oscar Balarin, a exigência do prefeito Fred é que não haja redução na arborização da cidade, em favor da preservação.
O passo inicial para a erradicação da planta em Cornélio, segundo Balarin, é a conscientização dos munícipes em receber os podadores que, gradativamente, percorrerão toda a cidade. Esta iniciativa da Prefeitura está acontecendo em parceria com engenheiros agrônomos, Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), Secretaria Municipal de Agricultura, Emater, Adapar, Sindirural e Conselho de Sanidade Agropecuária (CSA). O município de Cornélio Procópio é o único da região que não fez este combate.
Identificação- A bactéria encontrada na murta é transmitida por um pequeno inseto que leva a seiva contaminada até as arvores frutíferas. Quando contaminadas as árvores cítricas ficam com os ramos amarelados, apresentando sintomas semelhantes à deficiência de minerais. Uma vez com a doença, a árvore sofre desfolha intensa, queda dos frutos e seca dos ponteiros. Suas folhas apresentam manchas amarelas e engrossamento das nervuras que tendem a clarear.
Já os frutos ficam com manchas e formas assimétricas. Por dentro podem ser observadas sementes abortadas e má formação. A única solução para a planta cítrica contaminada é o corte, uma vez que, não existe nenhuma poda ou enxerto resistente à doença. Os agricultores e cultivadores de pomares, sejam de grande ou pequeno porte, devem estar atentos e realizar periodicamente inspeção no pomar, para que se evite a propagação da doença que pode atingir grandes proporções.

O Sindirural está na linha de frente nesse combate e, por meio de reuniões, busca unir forças e conscientizar a população em geral, no sentido de eliminar os pés já contaminados. “É preciso fazer com que a sociedade urbana entenda a importância de erradicar essa planta. O agricultor, de um modo geral, já sabe o que tem que ser feito e, geralmente, faz!”, explica Floriano Leite Ribeiro, presidente do Sindirural e, na ocasião, representante do CSA, atualmente presidido pelo médico veterinário, Cristiano Leite Ribeiro, que não pode estar presente na coletiva.

Assessoria de Comunicação/ Sindirural
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