Produtores renegociam dívidas em Santo Antônio da Platina



Ao todo, 125 produtores de Santo Antônio da Platina, que integram o Programa do Governo Federal Banco da Terra se reuniram no Banco do Brasil, na manhã de ontem, com os gerentes Geral Hudson Júnior Gonçalves e o de Relacionamento Demeure Benedito Neto para tratar do refinanciamento de suas dívidas contraídas junto ao banco ao longo de quatro anos.
Segundo o gerente Geral, o governo federal fez uma nova proposta de prorrogação e parcelamento das dívidas, mas o prazo para adesão vai até 31 de abril. “O problema é que os produtores precisam pegar o documento de aditamento e levar até o cartório, que demora 30 dias para oficializar a situação. Após isso, eles devem trazer o documento de volta para que o banco efetue o aditamento. Se pensarmos em toda essa burocracia, o prazo é curto”, explicou.
Os produtores inadimplentes são dos bairros Terra Livre, Banco da Terra, Barra Mansa 1, Barra Mansa 2 (São Jorge), Repovoamento Melo e grupo do Porco. 
De acordo com o gerente, esse é o terceiro alongamento de prazo oferecido pelo governo.
Os gerentes do Banco também explicaram que assim que a situação dos produtores estiver regularizada, eles poderão integrar o Programa Minha Casa Minha Vida Rural.
Para os produtores, a proposta de refinanciamento ainda não é a ideal e as parcelas ainda são consideradas altas, mesmo com juros mais baixos que as anteriores. O produtor Abel de Souza Melo disse o grupo vai aderir, mas é preciso que seja desenvolvido um projeto junto aos demais inadimplentes para que eles possam obter mais lucros da terra. “Precisamos de umaespécie de capital de giro para fazer a terra produzir o suficiente para pagar as dívidas, e sustentar nossas famílias”, explicou.
Também participaram da reunião, a secretária municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Eliani Simões e o gerente municipal da Emater de Santo Antônio da Platina, Osvaldo Martins Rodrigues.
Sobre o Programa
O Ministério do Desenvolvimento Agrário criou o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) para oferecer condições aos trabalhadores rurais de adquirir sua própria terra e trabalhar de forma independente e autônoma. Porém, o sonho se transformou em pesadelo para muitos integrantes do programa, que não conseguiram pagar a terra e fazê-la produzir ao mesmo tempo, já que não tinham condições financeiras para enfrentar problemas climáticos, pragas e outras adversidades que costumam acometer a agricultura. O problema da inadimplência relativa ao programa atinge produtores de todo o território nacional.

FONTE: Gladys Santoro – FOTO: Antônio Picolli

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