A
nota de repúdio enviada a Câmara de Vereadores e à imprensa pelo prefeito Pedro
Claro de Oliveira Neto (DEM), na semana passada, deixou os parlamentares com os
ânimos exaltados durante a sessão realizada na noite de segunda-feira, 3, em Santo Antônio da
Platina. O descontentamento foi tanto que o vereador José Jaime Mineiro (PSB)
chegou a comparar o chefe do executivo ao ditador iraquiano Saddam Hussein
(1937/2006). “Voltamos ao tempo da ditadura. O Saddam (o prefeito) fala e todos
são obrigados a obedecer?”, ironizou o vereador.
No
texto assinado por Pedro Claro, ele acusa os vereadores de engessarem a
administração pública - referindo-se ao atraso na aprovação do Plano Plurianual
(PPA) - e critica a redução no percentual para abertura de crédito adicional
suplementar de 10% para 3%, alegando que a medida irá afetar a atuação do
executivo.
A
manifestação enviada de forma generalizada foi recebida com indignação na
câmara, até mesmo pelo vereador José Pereira de Godoy (DEM), da base do
prefeito. “É uma pena o que está acontecendo, pois o diálogo é base de tudo.
Quem perde com tudo isto é a população”, lamentou Godoy.
Já
o vereador Aguinaldo Roberto do Carmo (PSC) questionou a realização de obras
pela atual gestão e rebateu as críticas alegando que o prefeito é fraco
politicamente. “As obras concluídas até agora foram iniciadas ou aprovadas pelo
governo anterior. Não vi nenhum projeto da atual gestão sendo executado até o
momento. Vemos deputados despejando recursos nas cidades vizinhas e em Santo Antônio não
vem ninguém. Cadê as lideranças políticas do prefeito?”, questionou o vereador.
O
vereador José Jaime Mineiro foi ainda mais incisivo em suas críticas. Pivô da
motivação da carta enviada aos vereadores pelo chefe do executivo e apontado
como o responsável na redução do repasse no percentual para abertura de crédito
adicional suplementar, Mineiro usou a tribuna para ironizar o prefeito. “Ele
quer manter os 10% para fazer as coisas do jeito que quiser, sem passar por
está casa ou dar satisfação à população, da mesma forma que fez com o calçadão
e com a pavimentação do Aparecidinho, remanejando a obra para o jardim Santa
Crescência, bairro onde ele mora. Se ele insistir em continuar falando besteira
iremos propor uma nova redução, ou até mesmo zerar o percentual ao executivo,
assim as obras só serão aprovadas depois de passar pela Câmara, ou se o Saddam
decretar”, advertiu Silva, mais uma vez comparando Pedro Claro ao ditador
iraquiano.
O
vice-presidente do legislativo, Francisco Faustino de Proença Junior (PPS), o
Chiquinho Net, lamentou a nota de repúdio e disse que ainda há tempo para
mudanças e realizações. “O senhor (o prefeito Pedro Claro) ainda merece ser
alertado para corrigir falhas na sua administração, pois ainda temos três anos
pela frente e Santo Antônio da Platina não merece mais quatro anos de
retrocesso. É muito triste ver a grave crise política que se inicia. Estão
querendo achar culpados enquanto a realidade é uma só: a ausência de
realizações prometidas durante a campanha e tão esperada pelo povo”, disse
Chiquinho que também questionou a maneira como o município está sendo
administrado. “Na época da campanha o senhor tanto criticou o governo da
ex-prefeita Maria Ana (antecessora de Pedro Claro), mas na hora de agir e fazer
diferente comete os mesmo erros”, criticou. “O senhor mesmo diz que não é
político, e sim administrador, mas para se fazer uma boa administração é
preciso ouvir as verdades e promover mudanças, e não só quem o paparica”,
completou.
O vereador ainda ironizou a nota assinada pelo prefeito. “Imagina se fossemos mandar nota de repúdio à prefeitura. Seria uma por semana! Repúdio pelas ruas esburacadas, pela falta de médicos no Pronto Socorro, de medicamentos nos postos de saúde, de mais creches às nossas crianças, pelas condições de nossas estradas rurais, entre tantos outros. Se analisarmos desta forma, o senhor não deveria ter mandado nota de repúdio a câmara, mas sim aos seus secretários senhor prefeito. Quem sabe também uma nota de repúdio por não ter a coragem e a honra de nomear um conselho de administração do Hospital Nossa Senhora da Saúde? Pois o hospital é responsabilidade do município sim, embora o senhor não queira. Não se ofenda prefeito, mas quando o senhor enfartou, imagine dependendo desta assistência que os platinenses recebem hoje? Imagina ainda senhor prefeito, se fôssemos mandar uma nota de repúdio ao Tribunal de Contas (TC) por não ter mandado as contas de 2008, quando o senhor administrou o município, que há indicação de reprovação. O TC mandou de 2009, 2010, 2011, mas as contas de 2008 ainda não mandou. É fácil transferir responsabilidades e se defender com ataques, sem respeitar ao menos a idade do nosso presidente, que é um ícone nacional na vida pública. Assim é muito fácil! Dignidade não é governar através de decretos, mas por meios democráticos. Dignidade têm pressa sim prefeito. Basta praticá-la”.
O vereador ainda ironizou a nota assinada pelo prefeito. “Imagina se fossemos mandar nota de repúdio à prefeitura. Seria uma por semana! Repúdio pelas ruas esburacadas, pela falta de médicos no Pronto Socorro, de medicamentos nos postos de saúde, de mais creches às nossas crianças, pelas condições de nossas estradas rurais, entre tantos outros. Se analisarmos desta forma, o senhor não deveria ter mandado nota de repúdio a câmara, mas sim aos seus secretários senhor prefeito. Quem sabe também uma nota de repúdio por não ter a coragem e a honra de nomear um conselho de administração do Hospital Nossa Senhora da Saúde? Pois o hospital é responsabilidade do município sim, embora o senhor não queira. Não se ofenda prefeito, mas quando o senhor enfartou, imagine dependendo desta assistência que os platinenses recebem hoje? Imagina ainda senhor prefeito, se fôssemos mandar uma nota de repúdio ao Tribunal de Contas (TC) por não ter mandado as contas de 2008, quando o senhor administrou o município, que há indicação de reprovação. O TC mandou de 2009, 2010, 2011, mas as contas de 2008 ainda não mandou. É fácil transferir responsabilidades e se defender com ataques, sem respeitar ao menos a idade do nosso presidente, que é um ícone nacional na vida pública. Assim é muito fácil! Dignidade não é governar através de decretos, mas por meios democráticos. Dignidade têm pressa sim prefeito. Basta praticá-la”.
Prefeito rebate crítica e questiona:
“quantos Bin Laden há na Câmara?”
O
prefeito Pedro Claro de Oliveira Neto (DEM) recebeu com indiferença às críticas
feitas pela Câmara de Vereadores na sessão de segunda-feira, 3. No entanto, o
democrata fez questão de devolver na mesma moeda a ironia feita pelo vereador
José Jaime Mineiro (PSB) que o comparou a Saddam Hussein. “E quantos (Osama)
Bin Laden há na Câmara?”, sugerindo que vereadores agem como terroristas,
legislando muitas vezes para apenas meia dúzia.
O chefe do executivo disse que não costuma ouvir a transmissão das sessões da Câmara de Vereadores, porque os parlamentares usam o microfone da tribuna para atacá-lo. As sessões ordinárias da câmara são transmitidas ao vivo pela Rádio Difusora Platinense.
O chefe do executivo disse que não costuma ouvir a transmissão das sessões da Câmara de Vereadores, porque os parlamentares usam o microfone da tribuna para atacá-lo. As sessões ordinárias da câmara são transmitidas ao vivo pela Rádio Difusora Platinense.
Para
o prefeito, os vereadores de Santo Antônio da Platina precisam respeitar a
população ao fazer uso de um veículo de comunicação em massa. Segundo Pedro
Claro, a câmara desperdiça tempo com perseguições e ataques e se esquecem de
discutir os interesses da população.
Sobre
as críticas ao trabalho dos seus secretário e diretores de departamento, Pedro
Claro afirmou que na prefeitura quem tem o poder de escolher, nomear e demitir
seus assessores e chefes de pasta é o prefeito e não os vereadores. “Ele mal
comandam o legislativo. Aqui quem manda sou eu”.
Outro alvo das críticas dos vereadores foi a readequação do valor venal dos imóveisem Santo Antônio
da Platina. Segundo o prefeito, o valor está defasado há 20 anos”. Para Pedro
Claro de Oliveira, se levado em conta os valores atuais, a prefeitura arrecadaria
apenas R$ 3 milhões com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Outro alvo das críticas dos vereadores foi a readequação do valor venal dos imóveis
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