A cena já se tornou comum. O motorista estaciona o
veículo para ir ao Pronto Socorro ou até o Hospital Nossa Senhora da Saúde e
acaba surpreendido por andarilhos que passam dia e noite reunidos fazendo uso
de bebida alcoólica e entorpecentes na praça São Benedito, em Santo Antônio da
Platina.
Alucinados, homens, mulheres e adolescentes intimidam a população por dinheiro,
que com medo acabam doando algumas moedas.
Na manhã de ontem, 15, o empresário Jéferson Luca, morador no jardim Altvater,
disse que uma mulher precisou correr do carro até o Hospital depois de ser
abordada por um dos homens. “Um veio até mim e eu disse que não tinha dinheiro,
e quando olhei para o lado vi a mulher correndo desesperada. A prefeitura tem
que dar um jeito nesse povo. Eles dominaram a praça”, cobrou o empresário.
O local é a única parte que restou da praça depois das instalações dos prédios
da Vara do Trabalho e da Agência da Previdência Social (INSS). No entanto,
nenhum cidadão de bem consegue desfrutar do espaço, que está tomado por lixo e
pertences do grupo que habitou a área.
Durante a tarde, equipes da Polícia Militar fizeram a abordagem às pessoas no
local. Cinco homens e uma adolescente foram revistados e tiveram que limpar a
sujeira produzida por eles na praça. Os PMs recolheram várias garrafas com
bebida alcoólica que o grupo consumia e procuraram por drogas. A menor,
suspeita de estar guardando entorpecente para o grupo, foi levada até a sede da
4ª Companhia para ser revistada por uma policial.
De acordo com o cabo Aguinaldo Cassarotti, o trabalho de abordagem e
encaminhamento de andarilhos à delegacia ocorre quase que diariamente.
Entretanto, o ato não é considerado crime e os envolvidos são liberados depois
de assinarem termo circunstanciado. “É necessário um guarda no local para
coibir a presença deles (andarilhos). Enquanto não tiver ninguém cuidando da
praça à situação vai permanecer como está”, disse o militar.
Fonte: Luiz Guilherme
Bannwart
Foto:Antônio de Picolli
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