O
Plano Diretor de Andirá, município com 20.988 habitantes, de acordo com a
estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
passa por mudanças. As discussões para alterar a lei, vigente desde 2008,
começaram no ano passado e devem seguir durante 2014. Até o momento questões
como afastamento frontal das edificações e o tamanho dos loteamentos da cidade
já foram alteradas.
O
secretário municipal de Obras e Urbanismo, Luiz Antônio Possagnoli, explica que
o plano aprovado em 2008 previa um espaço entre o terreno e a parede da
edificação de no mínimo quatro metros, quando a lei federal exige somente três
metros. "Isso causava um sério desconforto na hora de aprovar ou não um
projeto de edificação. Muitos munícipes questionavam porque o recuo do vizinho
era menor que o dele", argumenta.
Para
Possagnoli, essa pequena alteração não deve afetar o desenvolvimento do
município além de proporcionar conforto para ao moradores, que poderão utilizar
um metro a mais do seu terreno. "Como nossos terrenos são pequenos, um
metro que o morador ganhe pode fazer a diferença, seja para uma área de lazer
ou simplesmente para estender um varal", afirma.
Outro
ponto já alterado do Plano Diretor é o tamanho dos terrenos para loteamento,
que passou para 200 m2 .
Pela lei de 2008, o tamanho mínimo exigido era de 250 m2 . Conforme o
secretário isso acabava "emperrando" alguns investimentos para a
construção de conjuntos residenciais. "Diminuindo o lote, os valores na
construção de conjuntos acaba sendo reduzido para o município, pois passa a
atender de forma mais abrangente a lei Federal permitindo o pleito por mais
recursos".
Ele
salienta que o Plano Diretor é dividido em oito itens e as próximas reuniões do
Conselho deve estudar mais alterações ainda na primeira quinzena de fevereiro.
Os próximos tópicos devem levar em conta o código de edificação e o sistema
viário.
O
presidente da Câmara Municipal e integrante do Conselho, José Odair "Nenê"
Bonacin (PV) diz que uma alteração no plano diretor era fundamental para que a
cidade possa se desenvolver de forma ordeira. "O plano de 2008 foi baseado
nos moldes da lei de Londrina. Tentaram colocar um município de 500 mil
habitantes em um de 20 mil. Isso é inviável", contesta.
Embora
entenda que a existência de um Plano Diretor seja necessária, o vereador aponta
que quase todas as normas existentes terão que ser revistas. "Ainda não há
data para a próxima reunião do Conselho, mas até setembro esperamos ter o Plano
Diretor totalmente definido", estima.
A
presidente da Associação Comercial e Empresarial de Andirá (Acead), Sílvia
Flores comenta que, embora a instituição não tenha sido convidada a participar
das discussões, toda a mudança feita em busca de melhorias é válida.
"Esperamos ser convidados para as reuniões, pois, por conhecer a realidade
do comércio, acredito que a associação pode contribuir para as melhorias",
opina.
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