A quantidade e os tipos de antioxidantes dos vinhos fazem toda a
diferença no impacto da bebida no organismo, segundo um estudo da
professora Inar Castro, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da
Universidade de São Paulo (USP). Para provar que o consumidor pode,
diante de tantas opções no supermercado, fazer suas escolhas
considerando estritamente o fator saúde, ela selecionou 666 vinhos
tintos de quatro países Brasil, Uruguai, Chile e Argentina, Criou,
então, um método para classificá-los em baixa, média ou alta
funcionalidade, com base no poder da bebida de gerar efeitos positivos
ao corpo.
Entre as seis variedades de bebidas analisadas, as que tiveram o maior
número de amostras de alta funcionalidade foram as das uvas tannat e malbec produzidas na Argentina e vendidas por, no mínimo, 15 dólares, algo em torno de 35 reais.
Um dos motivos que fizeram as bebidas provenientes da uva tannat brilharem no estudo atende pelo nome de tanino.
"Trata-se de um polifenol poderoso e encontrado aos montes nessa
variedade", esclarece Gustavo Andrade de Paulo, gastroenterologista da
Universidade Federal de São Paulo e diretor da Associação Brasileira de
Sommeliers.
O consumo de vinho, e aqui entram todas as variedades, não apenas as da uva tannat e malbec, ainda está associado a uma menor probabilidade de desenvolver diabetes, doenças neurodegenerativas e certos tipos de câncer,
segundo Creina Stockley, farmacologista e gerente de informações para a
saúde do Instituto Australiano de Pesquisa sobre Vinho. Isso, nunca é
demais reforçar, em porções comedidas e regulares ou seja, de uma a
duas taças por dia e nada mais.
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