Santo
Antônio da Platina, centro da cidade, 8h20 da manhã. A caminho do trabalho, o
vendedor André Fernandes olha o telefone tocar e atende mesmo com o carro em movimento. Esta
cena é repetida diariamente por centenas de pessoas em todas as cidades do
Norte Pioneiro.
“Uma
vez me distrai para atender o celular e quase atropelei uma criança na porta da
escola. Depois disso resolvi mudar meus hábitos”, comenta André Fernandes. Ele
acrescenta que depois do susto, para o carro e atende o aparelho.
Com
o celular no ouvido, o motorista reage de forma mais lenta. Dificilmente olha
para o retrovisor, assume uma trajetória errática na via e reduz ou ultrapassa
a velocidade compatível com o tráfego. Avança o sinal, tem dificuldade para
trocar marchas e simplesmente não vê as placas de sinalização no trânsito. Cada
uma dessas situações já poderia desencadear um acidente. Agora imagine o
potencial da combinação delas.
Numa
sondagem rápida no centro do município platinense, não é difícil ver motoristas
passando com celular no ouvido. Um dos motoristas flagrados foi perguntado
sobre a situação e a resposta foi que é fácil dirigir com o celular no ouvido.
O
celular tocando desvia a atenção de quem está guiando e dá início ao
procedimento de risco: a primeira ação do motorista quando o aparelho toca é
procurá-lo. Para atender, será necessário o uso de uma das mãos. Se for
colocado no ouvido, haverá restrição do campo visual.
A
prática mostra que só a maior fiscalização pode modificar um mau hábito, a
propósito do que ocorreu com os cintos de segurança, que passaram a ser
obrigatórios em 1998. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), por meio do artigo
252, considera o uso do celular infração de natureza média e estabelece multa
de 4 pontos na carteira de habilitação.
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