O
período de férias escolares, no meio ou no fim de cada ano é a época que os
pais devem redobrar a atenção para com os filhos dentro do ambiente familiar.
Na casa o cômodo que mais preocupa é a cozinha, campeã de acidentes com
crianças. Sem noção do perigo, os pequenos correm maior risco se não
acompanhado de um adulto. A presença dos pais ou outro familiar, como tio ou
tia é indispensável para evitar momentos desagradáveis com os filhos.
Segundo
estatísticas médicas, os campeões em atendimentos em prontos socorros durante
as férias são as queimaduras, intoxicações, quedas e afogamentos. Na cozinha,
local com maior índice de acidentes, o fogão, botijão de gás, tomadas, baldes,
talheres e objetos cortantes tornam-se elementos de alto risco. Para a pedagoga
Déborah Alane Pimentel Barbosa de Souza, os pais nunca devem deixar seus filhos
sozinhos. “A dica para os pais é incentivar a criança a explorar o ambiente em
que se encontra, mas sempre acompanhada”, afirma.
Crianças
entre dois e seis anos, por exemplo, estão na idade de desenvolverem sua
capacidade física e cognitiva. “Elas necessitam de atividades que ofereçam esse
estímulo. Elas precisam de atividades passivas ou tranqüilas, como leitura e
televisão, além de tempo para brincar, correr e pular", explica Déborah.
Para evitar acidentes com brinquedos a pedagoga aconselha a substituição pelas
versões alternativas. “Uma opção é substituir alguns brinquedos, a exemplo da
massa de modelar feita de farinha de trigo e anilina, que descarta os riscos de
intoxicação caso seja ingerida”, aconselha.
Mesmo
que a faixa etária mais comum dos acidentes domésticos seja a pré-escolar, já
que a criança não tem muita firmeza e desconheçam os perigos, os pais também
devem ficar atentos com os pré-adolescentes e adolescentes. “Neste período, os
traumas são mais relacionados aos acidentes em esportes e lazer, como por
exemplo, quedas de bicicletas”, afirma.
Vícios
Para
Déborah, não é aconselhável deixar os filhos no vídeo-game por muito tempo.
“Até uma hora de jogo é estimulante, depois, a atividade pode começar a ser
prejudicial. Além dos danos físicos, como postura, olhos ressecados e dor de
cabeça, as muitas horas dedicada aos eletrônicos podem conduzir à obesidade
infantil”, explica. A adrenalina é mais forte que o cansaço físico. Eles
prometem para si que irão jogar somente mais uma partida, mas imergem em um
universo tridimensional onde quase tudo é possível e assim, parar fica mais
complicado sem auxilio de um adulto.
Adaptações
Sempre
com o fim das férias e início do período escolar, as crianças sofrem com as
adaptações na rotina. As ajudas não devem ser interferências, mas sim
orientações para que as crianças e adolescentes possa se adaptar e criar não
somente a rotina, mas também para ensinar que eles podem solucionar os próprios
problemas. “Muitos pais ‘super protetores’, acabam por resolver muitas questões
dos filhos, fazendo com que a criança cresça e chegue até a adolescência sem
saber o que é enfrentar e resolver um problema somente seu”, afirma.
De
acordo com a pedagoga, não é preciso acabar com a diversão neste período de
adaptação. As tarefas e brincadeiras podem ser balanceadas até o cumprimento de
todas as obrigações. Os esportes, assim como o tempo na internet, não devem
acabar, mas sim ser distribuído durante toda a semana. Uma prática que pode
ajudar na hora de voltar às aulas é em relação ao horário de dormir. As
crianças podem ir para cama mais cedo nas férias para que no retorno as aulas
eles já estejam acostumados a esta rotina de descanso. “Esquecer a escola por
completo no período das férias pode trazer um ‘choque’ ainda maior quando a
ruptura entre férias e sala de aula é mais direta”, conclui Déborah.
FONTE: JDS Comunicação
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