Justiça renova prisão temporária da mãe de menino desaparecido há 8 dias

Graciele Marcolino, 19, mãe do garotinho Cristiano Soares, de apenas dois anos e dez meses, que está desaparecido desde a manhã do dia 25 de outubro, em Santo Antônio da Platina, teve a prisão temporária renovada por mais cinco dias pela Justiça. Oito dias após o desaparecimento, a Polícia Civil segue sem pistas do paradeiro da criança.
As investigações comandadas pelo delegado Tristão Antônio Borborema de Carvalho, titular da 38ª Delegacia Regional de Polícia, ouviram várias testemunhas durante a semana passada e checaram informações de locais, onde supostamente a criança poderia estar, porém o caso segue sem novidades.
Graciele, que ao ser presa chegou a mencionar ao delegado a frase; “a bomba está prestes a explodir”, insiste em permanecer em silêncio quando questionada sobre o filho.
Na quinta-feira, 28, Tristão de Carvalho e uma equipe de investigadores foram até a aldeia Laranjinha, em Santa Amélia, na tentativa de localizar o pai de Graciele, que segundo as investigações, poderia estar com a criança. Porém, a informação não se confirmou.
Nesta semana a polícia pretende tentar ouvir novamente a mãe da criança, desta vez com a presença do cacique da aldeia Laranjinha, na tentativa de Graciele se `abrir´ e colaborar com as investigações.
Até o momento, a polícia trabalha com duas linhas de investigação. A de que a mãe possa ter doado ou, até mesmo vendido a criança a uma mulher que teria demonstrado interesse no pequeno Cristiano, que segundo a polícia teria feito contado com Graciele a menos de 30 dias, e de que o avô, um índio da aldeia Laranjinha, tenha buscado o neto. Segundo o caseiro Amarildo Soares, 34, pai da criança desaparecida, o sogro teria feito contato com família dizendo que levaria a filha e neto embora.
Apesar das duas linhas de investigações traçadas, a polícia não descarta a possibilidade da criança ter sido sequestra, estar perdida ou até mesmo morta.
Ainda esta a semana, o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas da Polícia Civil do Estado do Paraná (Sicride) deve assumir definitivamente as investigações.
Após vencer a o prazo da prisão temporária, Gracieli pode ter a prisão preventiva decretada pela Justiça.
Adolescente desaparecida
Parentes de uma adolescente de 14 anos procuraram a Polícia Militar na tarde de domingo (1º) para registrar o desaparecimento da garota, em Santo Antônio da Platina.
Segundo a denúncia, a adolescente saiu de casa na noite de domingo (28), e desde então não fez mais contato com a família.
A Polícia Civil disse ainda não ter sido comunicada do desaparecimento. Já a Polícia Militar, responsável pelo registro do boletim de ocorrência, informou que a garota segue desaparecida.

TEXTO: Luiz Guilherme Brandani

FOTO: Antonio Picolli
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