Com
o apoio do programa Paraná Competitivo, do governo estadual, a indústria de
motopeças Pro Tork investiu R$ 50 milhões na construção de uma fábrica de motos
em Siqueira Campos ,
abrindo 500 novas oportunidades de empregos. A maioria é ocupada por
trabalhadores com menos de 30 anos. A empresa investiu também em modernização
de maquinários de outras unidades que possui no município, como a fábrica de
capacetes. Foram feitas novas contratações para esta unidade, que tem 580
funcionários, sendo 90% mulheres.
Além de fortalecer a economia e aquecer o comércio de Siqueira Campos, o bom
momento tem atraído jovens da região, que procuram novas oportunidades
profissionais e melhor remuneração. Uma dessas vagas foi conquistada por Helton
do Paraíso, 26 anos, de Siqueira Campos. Ele deixou a informalidade, como
mecânico de automóveis, para ingressar na fábrica de motos da Pro Tork, com
carteira assinada e um salário superior em R$ 300,00 ao ganho que tinha na
outra atividade.
“Muito
bom saber que temos oportunidades e uma estrutura como essa aqui na nossa
cidade. Quero crescer e buscar conhecimento dentro da Pro Tork, uma grande
indústria que nos dá muitas chances”, avaliou. Casado e com um filho pequeno,
Helton já busca oportunidades de crescer dentro da empresa e de fazer um curso
técnico em mecânica. “O setor na região está muito valorizado devido à falta de
mão de obra qualificada e com experiência”, disse.
Alessandro
dos Santos realizou o seu sonho profissional. “Foi a oportunidade que tive de
fazer o que gosto. Mecânica é minha área”, disse. Ele entrou na Pro Tork há
cinco anos para trabalhar no almoxarifado e conseguiu a nova chance com a
instalação da fábrica de motos. “Confiaram no meu serviço e me promoveram para
a fábrica”, explicou. Alessandro é de Siqueira Campos e trabalhava como frentista
num posto de gasolina da cidade. Ele tem o segundo grau completo e agora
pretende se formar como técnico em mecatrônica.
Já
para Mariane Valle Vilasboas, de 18 anos, moradora de Quatiguá, a 17 quilômetros de
Siqueira Campos, a oportunidade do primeiro emprego surgiu na fábrica de
capacetes. “É a primeira oportunidade da minha vida. Quero aproveitar e me
especializar para um dia crescer profissionalmente”, disse a jovem, que
trabalha há dois meses na produção de capacetes da Pro Tork. Mariane tem uma
filha de nove meses.
QUATRO
MIL EMPREGOS - Com o investimento, a Pro Tork se consolida como a maior fábrica
de peças e acessórios para motocicletas da América Latina e passa a ser
considerada uma das maiores empregadoras da região, com mais de quatro mil
colaboradores.
A
Pro Tork negocia com mais de 50 países e tem hoje mais de 5,6 mil itens de
fabricação própria no Brasil. Com a construção da nova unidade fabril, que tem
6 mil metros quadrados, a empresa se tornou a única fabricante de motos na
Região Sul. Inaugurada no final do ano passado, a unidade tem capacidade
produtiva inicial de 70 motos por dia. São três novos modelos: duas minimotos e
um triciclo utilitário, que tem capacidade para 300 quilos de carga. Os
veículos já estão à venda no Brasil e na América do Sul.
“O
incentivo do Estado nos ajudou a ter mais competitividade na importação e
aquisição de equipamentos e veículos. É um investimento de médio a longo prazo
que nos consolidará no mercado de motocicletas de recreação e de baixa cilindradas”,
disse Marlon Bonilha, diretor da Pro Tork. Ele explica que, além da construção
da fábrica de motos, a empresa está construindo um barracão para matéria-prima
e modernizando a linha de produção com aquisição de novos equipamentos. ”Temos
uma carência de mão de obra, por isso, buscamos em vários municípios da
região”, afirmou.
O
Paraná Competitivo já assegurou R$ 25 bilhões em novos investimentos, com
criação de 150 mil novos empregos para o Paraná. O programa foi criado pelo
governador Beto Richa em 2011 como uma estratégia de atração de investimentos,
tanto de novos empreendimentos como de expansão de empresas já existentes.
PARA
AS MULHERES - A Pro Tork é considerada, atualmente, a maior fabricante de
capacetes do mundo. A unidade de Siqueira Campos, onde as mulheres formam a
maioria da mão de obra, tem produção diária de 12 mil unidades, divididas em
etapas mecanizadas e manuais. Juliana Lucas da Silva, 29 anos, também de
Quatiguá, é uma das funcionárias na linha de produção. Há quase dois anos de
empresa, ela observou as mudanças e acompanhou os resultados dos investimentos.
“Está muito bom. A produção aumentou e novas oportunidades de crescer estão
surgindo”, disse. Juliana é casada, mãe de um filho de sete anos e antes de
entrar na empresa estava desempregada.
COMÉRCIO
MAIS ESTÁVEL – O reflexo da geração de renda e empregos já é sentido na
economia. O desempenho satisfatório do comércio nos municípios que fornecem mão
de obra para Pro Tork é atribuído, principalmente, ao bom momento da empresa de
motopeças em Siqueira
Campos , município que tem hoje 73% dos moradores residindo na
área urbana.
Anderson
Adalton da Silva, presidente da Associação Comercial e Industrial de Siqueira
Campos, disse que antes da instalação da fábrica o comércio da região era
instável. “O comércio voltou a crescer. O impacto na economia é observado aos
sábados e nos dias primeiros de cada mês, dia de pagamento da empresa”, afirmou
o presidente. Ele estima que cerca de 20% dos trabalhadores da cidade são
empregados pela Pro Tork.
FONTE: Agência Estadual de Notícias
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