Uma comitiva de Jacarezinho conheceu na
última semana o Patronato Municipal de Apucarana. O grupo obteve informações
sobre como estruturar e implantar os serviços de execução penal em regime
aberto naquele município. Em atividade desde o mês de julho, o Patronato de
Apucarana é o primeiro do estado mantido exclusivamente com dinheiro público,
entre o Município e a Secretaria de Justiça (SEJU), servindo de referência para
outras cidades.
O serviço foi criado pelo governo do
Estado, para substituir o Programa Pró-egresso, no apoio e vigilância do
cumprimento de penas alternativas, aos condenados pelo regime aberto.
Advogados, assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e estagiários atendem e
acompanham os apenados. Em Apucarana já são 150 pessoas assistidas. A
quantidade deve saltar para 350 com a extensão de atendimento a Cambira e Novo
Itacolomi, os outros municípios da Comarca.
“O funcionamento eficiente do Patronato de Apucarana nos trouxe a conhecer o modelo e o funcionamento dos programas, para implantar em nosso município, onde ainda não temos a participação da prefeitura”, disse a advogada Bruna Faga Tiesse.
“O funcionamento eficiente do Patronato de Apucarana nos trouxe a conhecer o modelo e o funcionamento dos programas, para implantar em nosso município, onde ainda não temos a participação da prefeitura”, disse a advogada Bruna Faga Tiesse.
A comissão foi atendida pelo diretor
do Patronato de Apucarana, Rodolfo Motta, que apresentou o formato executado e
os detalhes para a implantação do sistema. “Temos enviado material com o nosso
modelo de Patronato, tido como referência para o Governo do Estado, para outros
municípios desenvolverem a sua estrutura, já que o serviço está em implantação
no Paraná”, relata Motta.
O fim do Pró-egresso desestabilizou o
cumprimento de penas alternativas. O Judiciário não tinha como acompanhar os
condenados ao regime aberto, e tornou-se fundamental a participação do Estado
no sistema. “É um serviço necessário para promover a reinserção social, e mais
que isso, ajuda a controlar a reincidência no crime”, diz a advogada Bruna Faga
Tiesse.
O Patronato faz o acompanhamento dos
egressos, fiscaliza o cumprimento das penas alternativas, oferece qualificação
e encaminhamento para o mercado de trabalho. “Essas pessoas são acompanhadas
pela equipe e encaminhadas para a prestação de serviços à comunidade, e entidades
púbicas, como escolas e em outros órgãos do município, ou ainda para cursos
profissionalizantes”, explica Rodolfo Motta.
A pena alternativa é imputada pelo
Judiciário a réus que tenham cometidos crimes considerados de menor poder
ofensivo, e tem caráter educativo. “É fazer com que essa pessoa, que por algum
motivo cometeu um crime contra a sociedade, volte a ser o protagonista de sua
vida. E o Patronato tem papel fundamental; ao exigir o cumprimento da pena
diminui a sensação de impunidade”, finaliza Motta.
FONTE: Prefeitura de
Apucarana
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