O
trecho da PR-092, entre Andirá e Santo Antônio da Platina, tem sido motivo de
inúmeras reclamações de moradores das cidades e de propriedades rurais servidas
pela rodovia. Apesar do Departamento de Estradas e Rodagens (DER)- unidade
regional sediada em Jacarezinho, fazer a manutenção da pista constantemente, o
movimento intenso de veículos pesados danificam a pavimentação causando sérios
riscos aos motoristas. As maiores reclamações de são de habitantes de cidades e
propriedades rurais que se servem da rodovia com frequência por inúmeros
motivos.
Um
exemplo, é o município de Barra do Jacaré. A cidade não tem hospital e a
secretaria de Saúde é obrigada a enviar os doentes para hospitais da região,
como Andirá, Jacarezinho ou Santo Antônio da Platina. Sitiantes e fazendeiros
têm dificuldades no escoamento das produções agrícolas e até alunos são
obrigados a enfrentar a rodovia diversas vezes por dia para ida e volta às
escolas.
O
morador de Barra do Jacaré, Cilson Rodrigues da Silva conta que naquele trecho
acontecem fatos inacreditáveis. “Como a estrada é cheia de curvas e declives
acentuados, tem caminhões com cargas muito pesadas que não conseguem terminar
uma subida e param na pista. Para que o veículo não volte de ré, eles colocam
uma pedra grande sob as rodas traseiras. Esperam esfriar as engrenagens e
depois seguem viagem deixando as pedras na pista colocando em risco os
motoristas que passam pelo local”, disse.
Cilson
conta que aquele trecho é rota de desvio de pedágio, inclusive de cargas vindas
do Mato Grosso com destino ao porto de Paranaguá. “Falta um posto de
fiscalização aqui. Além do mais, o governo estadual está arrumando outros
trechos da PR-092 no Estado, e não há nenhum plano para essa região. É preciso
levar em conta que temos vidas aqui correndo riscos desnecessários”,
argumentou.
O
morador também aponta a sinalização precária e mato alto nas margens da
rodovia. “Quase não existe acostamento, e o mato acaba encobrindo as placas de
sinalização. O que precisamos é de uma engenharia de trânsito para fazer
melhorias na estrada, como duplicações e trevos melhores elaborados”, disse.
DER
O
gerente geral do escritório do DER de Jacarezinho, José Carlos Santos explicou
que a unidade tem orientação para fazer apenas a manutenção do trecho, mas não
tem autonomia para realizar obras de melhorias. “Nossa função é fazer a
manutenção do trecho, e estamos sempre atentos a buracos e limpeza, mas em
época de chuvas é difícil evitar a abertura de buracos e crescimento mato”,
comentou.
Santos
admite que o trânsito no local é intenso e que leva perigo aos motoristas.
“Sabemos de todos os problemas que ocorrem ali e fazemos tudo o que está ao
nosso alcance para minimizar os riscos, mas aquele trecho é trota de desvio de
pedágios e não há como evitar que os caminhões passem por ali”, disse.
O
gerente também salientou que por enquanto, não há notícias de obras de
melhorias naquele trecho. “Só se houver algum projeto para o ano que cem, mas
ainda é cedo para saber”, disse.
FONTE:
Jornal Tribuna do Vale
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