O
projeto Memória, História e Cultura Popular: Teatro como Ferramenta de Ensino
da História Local da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP/PROEC),
realizado em parceria com Programa de Extensão Universitária (ProExt),
apresenta, amanhã (08) e sábado (09/11), dois espetáculos teatrais destinados
ao público infantil em
Jacarezinho. As peças “Não Somos ET´s” e “O Águia de Haia”
serão encenadas pelos alunos da Escola Imaculada Conceição e do Colégio Rui
Barbosa, respectivamente. Prevista para começar às 20h, os espetáculos
acontecem no Conjunto de Amadores de Teatro (CAT), com entrada franca.
A
peça “Não Somos Et´s” homenageia Jacarezinho e recupera, através de uma fábula
divertida, diversos momentos e personagens históricos da cidade, como Dr. Xandô
(primeiro promotor público da cidade), além de confrontar a memória coletiva
dos pioneiros com as novidades de um futuro não tão distante. Já o espetáculo
“O Águia de Haia” é um teatro de fantoches que faz homenagem ao Colégio Rui
Barbosa, recuperando não apenas a história do personagem Rui Barbosa como
também a história do colégio que leva seu nome. A peça, com o apoio de
tecnologia, tem os alunos do Colégio jacarezinhense como manipuladores dos
bonecos.
"Apesar
de os textos serem escritos para crianças, tenho certeza de que o público
adulto também vai se divertir. Além de imagens e dados importantes, em “O Águia
de Haia” e “Não somos Et´s” há também muita coisa do mundo adulto. Como as duas
peças serão encenadas em sequência, tenho certeza de que a diversão está
garantida", comenta o autor dos textos, Nelson Mascaro Junior.
Projeto
O
projeto de extensão universitária, que possibilitou aos acadêmicos de História
do Centro de Ciências Humanas e da Educação (CCHE), do campus Jacarezinho, o
desenvolvimento de atividades com alunos da rede pública foi coordenado pelos
professores Marcus Selonk e Luciana Brito. Segundo eles, esta foi uma
oportunidade ímpar para os alunos da UENP e das escolas participantes.
"É
indispensável que o acadêmico tenha a oportunidade de exercitar sua capacidade
de criação, colocando em prática os conhecimentos que adquire durante o seu
curso. Este projeto de extensão proporcionou aos acadêmicos da UENP vivenciar a
realidade das escolas, seus contrastes, dificuldades e, principalmente, extrair
o melhor dos alunos. O resultado foi fantástico. Estou satisfeito e muito
orgulhoso do trabalho de todos", enaltece Selonk.
Os
trabalhos realizados pelos acadêmicos da UENP foram orientados por Suzana Bett
Bagio, que dirigiu os alunos junto com os acadêmicos Elisa Theodoro de Souza,
Rodney Ricardo Bueno Rodrigues e Verônica Rodrigues de Moraes. O grupo acentua
que a experiência desse trabalho conjunto modificou as relações entre os alunos
dos colégios, bem como a relação deles com o processo de aprendizagem.
"Não
basta ensinar, esclarecer sobre a importância do conhecimento. É preciso fazer
com que a criança goste cada vez mais da escola e do processo de aprendizagem.
E isso ocorreu durante o tempo que passamos com elas. Mais confiantes e mais
capazes de se expressar, críticas em relação à forma como cada coisa deve ser
apresentada, e com vínculos de amizade e companheirismo fortalecidos. Este é o
principal trabalho realizado pelo teatro, frisa a oficineira Suzana. Ela
partilha que a história local encantou as crianças. “Agora (as crianças)
desejam realmente saber mais sobre sua cidade, não como obrigação de domínio de
conteúdo, mas sim porque gostam de saber e aprenderam a importância desse
conhecimento. Além disso são grandes atores e vão surpreender o público nas
apresentações", declara orgulhosa Suzana.
FONTE: ASSESSORIA
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