CRÉDITO FOTO: Luciano Patzsch - Fomento Paraná |
A
pequena Quatiguá, a 330
quilômetros de Curitiba, no Norte Pioneiro, tem apenas
7.000 habitantes. Mas a cidade fica gigante quando se trata do mercado de
produtos para animais. Lá funciona a Gaiolas Quatiguá, segunda maior fábrica de
gaiolas do país. A empresa disputa uma parcela do mercado pet, que tem
faturamento estimados de R$ 15,4 bilhões no Brasil em 2013, de acordo com a
Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação
(Abinpet).
Criada
em 1988, a
empresa familiar, que começou com cinco colaboradores, hoje é o maior
empregador privado do município, com 230 empregos diretos. A linha de
produção possui 880 tipos de 380 modelos entre gaiolas para pássaros e pequenos
animais, em madeira e arame ou arame e plástico, vendidos em pet shops de todo
o país. Boa parte é destinada a pássaros exóticos importados, como calopsitas,
cacatuas e periquitos, além de papagaios e canários de criadouros registrados.
“As
famílias estão diminuindo, tendo menos filhos. Nas grandes cidades, onde há um
nível elevado de estresse, as pessoas criam animais de estimação, que viram
entes da família e são bem cuidados”, explica Alberto da Costa, de 33 anos,
principal executivo da empresa. “Veja o aumento do número de lojas de pet shop
e serviços de banho e tosa, que é um fenômeno recente e ocorre em todo o país.”
CRESCER
- Nos próximos meses, a produção de gaiolas deve aumentar em pelo menos 25% e
novos colaboradores devem ser contratados. A empresa fez um financiamento de R$
1,9 milhão pela linha de crédito Banco do Empreendedor Médias Empresas, da
Fomento Paraná. Com isso, está ampliando a área de estoque em 2 mil metros
quadrados, com dois novos barracões, e adquirindo uma injetora de plástico, uma
estufa para pintura automatizada e outros equipamentos.
“Estamos
nos preparando para crescer com organização, sem gerar desperdício, para ter
qualidade para encarar a concorrência e ganhar mais espaço no mercado”, afirma
Alberto da Costa. “Com a injetora de plástico vamos poder entrar na linha de
cães e gatos, que ainda não atendemos. Temos conhecimento do mercado e
estrutura para isso”, diz o empresário.
O
objetivo se justifica pelo tamanho do mercado. O Brasil é a 4ª maior nação do
mundo em população total de animais de estimação e a segunda em cães e gatos.
Existem aproximadamente 37,1 milhões de cães e 21,3 milhões de gatos no país,
segundo a Abinpet. Considerando que esse segmento vai movimentar U$ 100 bilhões
no mundo em 2013, a
Gaiolas Quatiguá poderá, inclusive, exportar.
Segundo
Costa, com as instalações e equipamentos para automatizar processos,
diversificar e aumentar a produção, a Gaiolas Quatiguá espera crescer em um ano
o que demoraria entre 5 e 10 anos, se fosse usar apenas recursos próprios.
POLÍTICA
PÚBLICA - Para o prefeito de Quatiguá, Luiz Fernando Dolenz, uma política
pública como a proporcionada pelo Governo do Paraná, ao disponibilizar crédito
de baixo custo para os empreendedores, é de fundamental importância. “O
governador Beto Richa tem procurado incentivar desde o microempreendedor até a
empresa de médio porte. As empresas precisam desse auxílio para crescer”,
afirma Dolenz. “Em especial na fábrica de gaiolas, esse incentivo vem em boa
hora, para que possam crescer e gerar mais empregos em nosso município, que é
muito carente.”
Quatiguá
ainda não conta com um agente de crédito da Fomento Paraná, mas uma parceria
entre a prefeitura e a Associação Comercial do Município deve corrigir essa
situação em breve. Até
lá, empreendedores interessados podem buscar informações e suporte para fazer
operações de crédito diretamente com a Fomento Paraná, pelo portal
institucional (www.fomento.pr.gov.br) ou pelo telefone (41) 3883-7000.
BANCO
COM EMPREENDEDOR - De janeiro a setembro de 2013 a Fomento Paraná
contratou R$ 34,5 milhões em operações de crédito pelo programa Banco do
Empreendedor, que beneficiam cerca de 1.900 empreendedores privados em todo o
estado.
As
linhas de crédito da instituição apresentam as menores taxas de juros do
mercado, variando entre 0,51% a 1,07% ao mês para investimento fixo e capital
de giro associado ao investimento. E os valores disponíveis vão de R$ 300,00
até R$ 3 milhões em recursos próprios e até R$ 10 milhões com repasses de
recursos de linhas do BNDES.
O
presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa, explica que o crédito direto e de
baixo custo para o empreendedor é uma política pública fundamental para os
pequenos municípios, onde é difícil atrair investimentos de grandes empresas,
por conta da infraestrutura e da mão de obra especializada.
“Cada
real em investimento que entra na economia da cidade gira até sete vezes. Esse
movimento ajuda a garantir empregos e renda e possibilita a melhora na oferta
de produtos e serviços na comunidade”, afirma Juraci Barbosa. “Essa é a missão
que recebemos do governador Beto Richa. Estamos trabalhando em parceria com
associações comerciais, cooperativas de crédito e com as prefeituras, para
levar o crédito aos empreendedores de todos os portes nos 399 municípios
paranaenses.”
Empresária
vai modernizar a academia de ginástica na cidade
Em
cidade pequena, a notícia corre rápido. Dona de uma pequena academia em
Quatiguá, há cinco anos, a professora de educação Valéria Ribeiro, 35 anos, que
tem entre seus clientes o empresário Alberto Costa, logo soube do financiamento
a juros baixos da Fomento Paraná.
Valéria
também fez um financiamento, de R$ 12 mil, e está comprando novos equipamentos
de uma linha moderna de produtos articulados para musculação, para aumentar o
atendimento da clientela e a renda do empreendimento. “Meu foco, a partir
desse fim de ano e no próximo, é trabalhar como personal trainer. Está tendo
muita procura e tendo um resultado muito positivo”, diz ela. “A musculação vem
crescendo muito, pelo fator dos benefícios e pelo resultado da estética. Tem
procura inclusive de pessoas de cidades da região.”
Valéria
gostou da linha de financiamento da Fomento Paraná. “Já trabalhei com outros
financiamentos de banco e o valor ficou muito bom, principalmente na questão
dos juros. Porque quem está começando tem um valor pra investir, mas se o juro
é menor, fica melhor para o empreendedor”, comenta.FONTE: Amanda Laynes
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